Conhecido pela barba grisalha no estilo dirigente sindical da década de 1980, o governador da Bahia, Jaques Wagner, vendeu os pelos do rosto em troca de R$ 500 mil para uma empresa fabricante de produtos de higiene pessoal.
O petista anunciou nesta sexta-feira que vai doar o cachê para o Instituto Ayrton Senna desenvolver programas de educação no território baiano.
A ação de marketing da marca Gillette surpreendeu os participantes do 10º Fórum Empresarial de Comandatuba, que teve início nesta manhã para discutir, entre outros temas, a reforma tributária. Autoridades, políticos e artistas participam até domingo do evento organizado pela Lide, Grupo de Líderes Empresariais.
Em meio às discussões sobre o sistema fiscal brasileiro, a presidente do Instituto Ayrton Senna, Viviane Senna, aproveitou para fazer um balanço da gestão da ONG e pedir apoio financeiro aos representantes do setor produtivo. Ao longo do seminário, dezenas de empresários anunciaram doações para o instituto dirigido pela irmã do ex-piloto de Fórmula-1.
Pouco antes de encerrar o painel, o empresário João Dória Jr., anfitrião do evento, interrompeu as discussões para alertar sobre a doação recorde de Wagner, a maior contribuição individual do dia. Diante da surpresa coletiva, o petista se apressou a explicar a origem do dinheiro.
“Antes que perguntem de onde esse cara roubou para fazer essa doação, quero explicar que vendi minha barba”, brincou.
No último carnaval, a Gillette já havia convencido o líder da banda de axé Chiclete com Banana, Bell Marques, outro barbudo ilustre, a tirar a barba e ficar com rosto liso. Especula-se que o cachê do músico baiano teria sido de R$ 2 milhões.
Fonte: Zero Hora