Se Eduardo Cunha ficar sabendo do que Gilmar Mendes disse há pouco no Supremo, ficará mais entusiasmado do que em reunião com empreiteiros.
Durante a sessão da segunda turma do STF, o conselheiro de Michel Temer desceu o ferro no que chamou de “alongadas prisões que determinam em Curitiba”. Mas a incontida esperança de Cunha não se sustenta em apenas em um pilar.
Até a estátua que fica em frente ao Supremo enxerga que o histórico ex-presidente da Câmara conta com o voto de Dias Toffoli para deixar a tranca amanhã, quando o plenário do tribunal analisará o pedido de habeas corpus do peemedebista.
Cunha se fia na decisão em que Toffoli mandou soltar o ex-ministro Paulo Bernardo, em junho do ano passado, ocasião em que o ministro também criticou o encarceramento preventivo.
Mas pelo menos até agora, a conta de Cunha não deveria ensejar tanto otimismo. Além de Toffoli e Gilmar, ele precisa de mais três magistrados dispostos a conceder-lhe a liberdade.