“Meus amados irmãos, tenham isto em mente: Sejam todos prontos para ouvir, tardios para falar e tardios para irar-se, pois a ira do homem não produz a justiça de Deus.” (Tiago 1.19-20)
Como tem se saído esta semana na gestão de sua língua? Desculpe essa não é uma pergunta que se faça. Poucos a fazem. A si mesmo e aos outros. Mas, sejamos sinceros, seria importante que o fizéssemos. Tiago diz que devemos “ter isto em mente”, ou seja, não nos esquecer. Precisamos nos lembrar de que estar prontos para ouvir e sem qualquer pressa para falar ou para irar-se é a melhor maneira de vivermos. Muitas vezes queremos fazer justiça com a própria língua ao invés de com as próprias mãos. E que justiça? A nossa, que inclusive pode nada ter a ver com a verdadeira justiça. Tiago inclusive afirma que a nossa ira não produz a justiça de Deus! Cuidado com suas palavras. Elas importam e devemos cuidar bem dessa habilidade tão especial: a de falar.
Quando falamos construímos realidades. Podemos apaziguar consolar, aproximar, esclarecer, convencer, animar, alegrar e tantas outras boas possibilidades. Mas também podemos promover coisas ruins, atuar nas possibilidades ruins, como causar divisões, frustrar, afastar, confundir, desanimar, entristecer e a lista pode ser lamentavelmente longa. O que temos gerado no coração e na mente daqueles que nos ouvem? Ontem o texto de Efésios 4.29 nos orientou a falar palavras que sejam úteis para edificar, palavras que concedam graça aos que as ouvirem. Precisamos assumir esse compromisso. Mas não o honraremos sem que diariamente escolhamos isso.
Ter lábios que promovam o bem, que construam boas realidades, exige muito aprendizado. Exige crer nos princípios do Reino de Deus e resistir às propostas do reino dos homens. Neste “quem tem a boca maior engole o outro”, “quem não chora não mama” e “quem grita mais, leva”. Naquele não se retribui mal com mal (1 Ts 5.15), mas aprende-se a vencer o mal com o bem (Rm 12.21), ora-se pelos inimigos (Mt 5.44) e leva-se os fardos pesados uns dos outros (Gl 6.2). No Reino de Deus, somos chamados a falar com cuidado e a dar importância ao que sai dos nossos lábios, pois podem nos tornar impuros aos olhos de Deus (Mc 7.14-15). E então? Como tem se saído esta semana na gestão de sua língua?