“Assim brilhe a luz de vocês diante dos homens, para que vejam as suas boas obras e glorifiquem ao Pai de vocês, que está nos céus.” (Mateus 5.16)
Brilhe a luz de vocês diante dos homens. Somos chamados a ser protagonistas do Reino de Deus. A agir de modo que Deus seja visto entre nós. Isso significa sermos fonte de inspiração para a fé, para a vida com Deus, por meio de uma vida que honre o Criador e Dono de todas as coisas. A minha e a sua luz devem brilhar. Todos temos talentos e todos podemos fazer coisas boas, belas e admiráveis. Todos podemos encantar de alguma forma, podemos ajudar e mudar situações. Podemos mudar realidades. Jesus está nos chamando a colocar nosso potencial a serviço do Reino e a usar nossos talentos para a glória de Deus. Lembrar isso é importante, pois a proposta de Jesus, que nos chama a brilhar para a glória de Deus, é antagônica ao fluxo natural do reino dos homens. Há obstáculos. Eles se instalam inclusive dentro de nós algumas vezes. Um dos sérios obstáculos é nosso apego às coisas, nosso amor ao dinheiro, nossa falta de generosidade.
O dinheiro e os bens são alvos supremos em nossa sociedade. O valor das pessoas se define por eles, infelizmente. Egoísmo, e não altruísmo, é o padrão. “O que é meu é meu e o que é seu é seu, e espero que o que é seu, venha a ser meu” – essa parece ser a filosofia de muitos. Não sabem doar, não conseguem contribuir, partilhar, dividir. Talvez alguém diga: “Eu não sou assim! De forma alguma!”. Mas se somos insensíveis à necessidade de outros, se a pergunta “quanto vou ganhar com isso?” é um critério recorrente para nós, se acredito que meu dinheiro e minhas coisas são apenas para mim mesmo, para minhas necessidades e para a satisfação dos meus desejos, no mínimo tenho uma visão muito pequena da vida. É sinal de que não entendi o chamado de Jesus. E não entender é o mesmo que não se submeter. Pois muitas vezes a obediência precede a compreensão no Reino de Deus. E assim me distancio da verdadeira utilidade das coisas, dos bens, do dinheiro. Quando as cosias e os bens estão no lugar errado, as pessoas e Deus também estão.
Nosso coração é precioso demais para elegermos tesouros errados. Onde estiver o nosso tesouro, lá estará nosso coração (Mt 6.21). Devemos cuidar dele com muito zelo, pois dele virão as propostas que guiarão a nossa vida (Pv 4.23). Por isso, pratique a generosidade. Seja comprometido com seu dízimo e suas ofertas. Participe do que acredita ser a obra de Deus. Não se contente com o mínimo necessário. Esteja aberto a servir mais com seus bens. Há bençãos maravilhosas para um coração generoso. A vida é incerta. Nada poderemos levar daqui e devemos ter a sabedoria de dar aos nossos bens a maior produtividade possível. Isso se faz administrando-os sob a influência do amor a Deus e às pessoas. Quando tomamos decisões não apenas pela lógica humana, mas também e especialmente pela fé nos propósitos de Deus, a quem pertencem a terra e a sua plenitude, o mundo e aqueles que nele habitam (Sl 24.2), brilhamos para a glória de Deus. Como você tem agido em relação a isso? As pessoas tem sido abençoadas por sua generosidade? Sua igreja tem podido contar com sua contribuição? Que sua luz brilhe. Deus conhece seu coração. Ele não espera e nem pede de você o que você não pode fazer. Honre-o sendo obedientemente generoso.