General Mourão (PRTB) é o vice de Bolsonaro na disputa presidencial

General Mourão (PRTB) é o vice de Bolsonaro na disputa presidencial
‘Somos soldados do nosso Brasil’, diz Bolsonaro sobre candidatura com general. Foto reprodução Twitter @vanessabg81

O general da reserva do Exército Antônio Hamilton Martins Mourão (PRTB) será o vice na chapa presidencial encabeçada pelo deputado federal Jair Bolsonaro (PSL). Ele recebeu o convite do próprio presidenciável, e o PRTB aceitou firmar a coligação.

“É uma honra e um privilégio participar da reconstrução do País”, declarou Mourão. O acerto com o PSL leva o PRTB a retirar a pré-candidatura do presidente do partido, Levy Fidelix. Ele será candidato a deputado federal.

Presidente do PSL-SP, o candidato ao Senado Major Olímpio elogiou a escolha. “O general Mourão tem muita credibilidade nas Forças Armadas, [também] fora das Forças Armadas e só agrega nesse processo”, disse. “Pode ter pesado mais para o Bolsonaro a figura que se tornou para a sociedade do general Mourão, brasileiro acima de tudo, que coloca suas posições com firmeza e coerência (…). Tudo isso pesa positivo para a figura do vice-presidente, que vai dar sustentação para o seu governo”.

A escolha por Mourão encerra uma novela que teve vários nomes cogitados nas últimas semanas. Bolsonaro nunca escondeu que seu “vice dos sonhos” seria o senador Magno Malta (PR-ES). O veterano político chegou a cogitar a possibilidade, mas preferiu se lançar à reeleição no Congresso. Além disso, seu partido, integrante do “centrão”, resolveu apoiar Geraldo Alckmin (PSDB).

Mourão também sempre apareceu na lista de possíveis vices na chapa do deputado federal e se mostrou disposto a assumir o posto desde o início. “Estou sentado no banco de reservas”, disse várias vezes à espera de um convite oficial. Entretanto, o partido dele, PRTB, hesitava em aceitar a indicação porque ainda cogitava lançar candidatura própria.

Mourão foi membro do Alto Comando do Exército até passar para a reserva em fevereiro de 2018. Seu nome surgiu com força nos noticiários entre 2015 e 2017 quando, ainda no serviço ativo, criticou publicamente o governo de Dilma Rousseff (PT) e sugeriu uma intervenção militar no governo. Ele assumiu a presidência do Clube Militar e diz atualmente que os militares devem chegar ao poder por meio das urnas.

Neste ano, antes de ser oficializado como vice de Bolsonaro, ele assumiu papel de destaque na política ao organizar, por meio do Clube Militar, um curso a distância para membros das Forças Armadas que pretendem se candidatar às eleições. É esperada a candidatura de mais de 100 militares em 2018, a postos no Executivo e no Legislativo.

O Exército já afirmou que as decisões de militares da reserva de participar das eleições são individuais e não são orientadas pelo Comando da instituição –que não tem nenhuma participação nas candidaturas. A legislação brasileira não faz qualquer restrição a candidaturas de militares da reserva.

A convenção paulista do partido teve a presença de militantes usando camisetas com a imagem de Bolsonaro e carregando bandeiras do Brasil. Houve ataques ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, oficializado no sábado como candidato do PT à Presidência e que está preso.

O presidenciável lembrou que terá poucos recursos financeiros para sua campanha e tempo bastante reduzido de TV e rádio, e que por isso conta com a força de seus apoiadores.

“Juntos lutaremos pelo nosso Brasil. Juntos numa mesma bandeira e mesmo hino, independente de classe”, discursou Bolsonaro. “Vamos descer nas urnas e restabelecer a ordem e a hierarquia para alcançarmos o progresso (…). O centrão roubou e quer continuar roubando. Eles têm tempo de TV e dinheiro, mas só nós temos o povo do nosso lado”.

Informações: UOL

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