Mais de 300 garis foram contratados até o fim do verão. É que os outros 350, empregados fixos da prefeitura, não deram conta do serviço.
Praias a perder de vista. Mar de águas mornas e mansas. O litoral da região que viu o Brasil nascer é um dos mais concorridos do país. É onde o verão costuma ser bem animado.
Porto Seguro tem cerca de 150 mil habitantes, e recebe cerca de 200 mil turistas. A população mais que dobra. As praias ficam lotadas. O calor relaxa os visitantes e esquenta a economia local.
E com tanta gente descansando, se divertindo, as praias são um grande mercado. E em um verão bom, como este, empresários, empregados, trabalhadores informais, não só garantem o faturamento, como também de sobrevivência dos negócios na baixa temporada. E quem consegue associar qualidade com criatividade tem muito mais chance de ganhar dinheiro.
Marcos passa o dia cantando, tentando chamar a atenção. É assim que ele vende coco em Trancoso.
E a melancia de dona Maria? Deixa ela rindo á toa. Dona Maria chega a faturar R$ 400 por dia. Nada mal pra quem mora na roça.
Nas areias, o comércio deixa todo mundo feliz. Mas é preciso ter muita disposição. E com o calor do Nordeste, Fátima tem o sol como sócio. Quem não gosta de um hidratante para refrescar a pele? E assim, Fátima conquista clientes há 14 anos vendendo o seu produto artesanal.
O sucesso de Zilmara tem uma receita mais apetitosa. E já são 15 anos de tradição. Difícil resistir. E depois que o doce esfria, o marido e o irmão entram para ajudar.
Em Porto Seguro, nunca se viu verão igual. Sobra trabalho e falta mão de obra, principalmente nos restaurantes e hotéis. Na cozinha de um hotel, por exemplo, o pessoal está dobrando o turno de trabalho.
Dobra o salário, dobra a população e a quantidade de lixo triplica. Para quem estava desempregado, é muito bem-vindo, mesmo por pouco tempo, um salário de R$ 1,2 mil. E a maioria dos contratados é de Porto Seguro mesmo.
A Passarela do Álcool atrai uma multidão, é um dos endereços mais procurados da cidade.
Bares, restaurantes, barracas de tapiocas recheadas e do famoso capeta, o colorido coquetel de frutas e vodka.
Se vê de tudo na passarela do álcool. Seria um tatuador? Um grafiteiro? Ou um pintor? Mas tem um detalhe: se não for dançando a obra não sai perfeita.
Em média, Vagner leva de três a cinco minutos para fazer uma tatuagem. E a depender do tamanho, cobra entre R$ 20 e R$ 40.
Fonte: Globo Repórter