A dificuldade de obtenção de garantias trabalhistas aos profissionais da área de saúde da família, além das limitações financeiras dos municípios para atender a essas demandas, motivaram o governo baiano a criar a Fundação Estatal Saúde da Família (FESF-SUS), com metas e prazos para o enfrentamento do problema.
Modelo inovador de gestão, elogiado em todo país, a FESF foi a responsável por criar a primeira Carreira Intermunicipal para a Saúde da Família no país. Com isso, os próprios municípios, com apoio técnico, logístico e financeiro do estado, desenvolvem uma gestão compartilhada para garantir a interiorização do serviço de saúde da família na Bahia.
Quando foi criada, em maio de 2009, a FESF projetou três etapas de implantação das metas para 2010 e 2011. No primeiro ano foi definido que 67 municípios participariam da experiência piloto. Para a segunda etapa, no primeiro semestre de 2011, o programa terá uma expansão de 100%, atingindo a quase 40% dos municípios baianos.
Em 2010, já foi realizado o primeiro concurso público da fundação. No total, cerca de mil médicos se inscreveram, ao lado de três mil cirurgiões dentistas, dez mil enfermeiros, além de dois mil fisioterapeutas, psicólogos, nutricionistas, professores de educação física, para apenas 400 vagas iniciais.
Para os profissionais, a FESF é a garantia do cumprimento de todos os direitos trabalhistas, carreira com progressão e conseqüente ganho real de salário acima da inflação. Além disso, a fundação é instrumento de redução das desigualdades entre os municípios já que, através do fundo de equidade, cidades mais pobres são subsidiadas pelo estado. Os valores variam de R$ 895 até R$ 4 mil por equipe.
Fonte: Coordenação de Jornalismo da Campanha “Sou Wagner 13”