Funcionários do bem

“E não nos cansemos de fazer o bem, pois no tempo próprio colheremos, se não desanimarmos.” (Gálatas 6.9)

Num mundo marcado por maldades, fazer o bem pode cansar. Pode cansar porque abusar dos bondosos faz parte do comportamento dos que se deixam guiar pelo mal. E aí os que querem ser zelosos do bem, os que querem sempre ajudar e servir, podem ser vítimas dos enganos, de manipulação, de abusos. Num mundo marcado pela maldade, podemos precisar escolher firmemente ter um coração sensível e mole, do contrário ele pode endurecer e se fechar. Parece que já é assim a muito tempo porque Paulo, há pelo menos dois mil anos atrás, já se preocupava em encorajar os bondosos: não se cansem de fazer o bem!

Uma outra questão que pode se colocar é se fazer o bem, se fazer o que é correto, compensa. Num muito cheio de maldade, pode parecer que não. Há perguntas que um mundo cheio de maldade faz e que pode desencorajar a bondade: “E o quê que eu ganho com isso?” ou “De que adianta?”. Mas fazer o bem não é algo que deva se submeter a esses critérios. Fazer o bem agrada a Deus e o honra, pois Ele é bondoso e nos convida a também sermos. E a melhor recompensa é que fazer o bem nos torna pessoas dignas, cujo valor não pode ser calculado. E ainda existe uma grande chance de colhermos frutos dessa bondade praticada. Mas Paulo diz que devemos ter o cuidado de não desanimar.

Desanimar significa mudar de lado, ainda que nos pareça que não se trata disso. Podemos deixar de fazer o bem e com isso pensar que não estamos fazendo o mal. Mas, de alguma forma, estaremos. Martin Luther King Jr disse: “O que me preocupa não é o grito dos corruptos, dos violentos, dos desonestos, dos sem caráter, dos sem ética… O que me preocupa é o silêncio dos bons.” A paralisia do bem é um espaço aberto para os movimentos do mal. Somos chamados para sermos bondosos, para fazer o bem. É possível que tenhamos experiências ruins, que falhemos que nos retribuam com o mal, mas não devemos nos cansar. Devemos ser persistentes e firmes. “Não se deixe vencer pelo mal, mas vença o mal com o bem”. (Rm 12.21)

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