Bancários de outras instituições já tinham voltado ao trabalho.
Trabalhadores do BNB terminaram greve em assembleia na quarta-feira.
Os funcionários do Banco do Nordeste decidiram, em assembleia realizada na quarta-feira (28), encerrar a greve que durou 23 dias no estado. Os trabalhadores da instituição financeira foram os únicos entre os bancários que decidiram manter a greve, mesmo após a categoria ter decidido encerrar a paralisação na segunda-feira (26). Os funcionários do BNB retornam ao trabalho nesta quinta (29).
Apesar da decisão, em nota, o Sindicato dos Bancários da Bahia afirmou que a proposta recebida pelo Banco do Nordeste ainda é insuficiente e não abrange reivindicações como contratações e revisão do Plano Carreira e Remuneração (PCR).
O sindicato diz que o banco teria enviado um comunicado aos gerentes para informar que as faltas a partir da última terça-feira (27) seriam consideradas ausências não abonadas. Por conta da medida, a entidade protocolou uma recomendação no Ministério Público do Trabalho (MPT).
Fim da greve em outros bancos
Após 21 dias de paralisação, trabalhadores de bancos públicos e privados na Bahia decidiram encerrar a greve no estado na segunda-feira (26).
Apenas o Banco do Nordeste rejeitou a proposta apresentada pelos empresários e manteve a paralisação. As demais agências foram reabertas na terça-feira (27).
Durante o período em que os trabalhadores paralisaram as atividades, mais de 12 mil das 22.975 agências instaladas em todo o Brasil chegaram a fechar as portas. Na Bahia, mais de mil unidades suspenderam o expediente.
O fim da greve foi uma recomendação do Comando Nacional dos Bancários, que sugeriu que a categoria aprovasse a proposta de reajuste salarial apresentada pela Federação Nacional dos Bancos (Fenaban).
O órgão, após várias negociações, ofereceu reajuste de 10% nos salários e benefícios, com ganho real de 0,11%, e de 14% no vales refeição e alimentação. A proposta foi apresentada na última rodada de negociações, no dia 23.
Segundo a Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), os bancos aceitaram também abonar 63% das horas dos trabalhadores de 6 horas, de um total de 84 horas, e 72% para os trabalhadores de 8 horas, de um total de 112 horas. Assim, após a volta ao trabalho, os bancários irão compensar, no máximo, uma hora por dia útil, até o dia 15 de dezembro.
Inicialmente, os bancos ofereceram um reajuste de 5,5%, enquanto os bancários reinvindicavam uma correção de 16% nos salários. Depois, os bancos fizeram nova proposta de reajuste de 8,75%, mas também foi rejeitada pelos trabalhadores.
G1