Fragmentação

Fragmentação

A partir de certo momento, começamos a enxergar o mundo de forma fragmentada, tudo separado, em pedaços afastados uns dos outros como galáxias. Não se pode pensar em globalização sem fragmentação. As incertezas são imensas com a diluição de fronteiras e territórios. É uma forma de desglobalização — reconstruindo cercas em torno de feudos nacionais ou regionais.

A realidade que vivemos hoje nos assegura disso. Tudo é separado, vive isolado, sem nexo.
O mundo morre e nós já nem sequer reparamos nisso. Não vemos que ele vai se tornando um conjunto de objetos e eventos, um espaço morto onde circulamos sozinhos e perdidos, à mercê de decisões alheias, escravizados por um fado inescrutável, por uma sensação de sermos um brinquedo das grandes forças da história ou do acaso. Nossa espiritualidade desaparece ou se torna superficial. Ou apenas passamos a crer nas forças simples, físicas, sociais e econômicas, que determinam o nosso movimento como se fôssemos zumbis. E neste mundo realmente somos zumbis. Por isso tenho saudade do mundo do bule de café.

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