Formigas

Formigas

Nunca são bem-vindas. No meu apartamento já apareceram, bem pequenas, colocamos repelente, hoje desapareceram, mas na infância em Porto Seguro via os montinhos da retirada de terra que faziam, imagino que lá dentro, debaixo da terra, elas constroem túneis muito longos.

É uma arquitetura magnífica, tão perfeita que alguém com o tamanho delas pensaria se tratar de um castelo. Os túneis se conectam como as veias que entram e saem do coração. As formigas menorzinhas se perdem nestes labirintos. Existem quartos, também, pequenas células onde uma formiga pode ficar quieta por um longo tempo, enquanto as outras passam ao largo numa fileira militar perfeita. A rainha tem seu próprio quarto e põe ali seus maravilhosos ovos. As humildes levam alimento para ela. Por fim, quando os ovos arrebentam e a nova geração nasce, a rainha morre. É sempre melhor ser parte do batalhão, da longa fila, porque assim nunca se está sozinho.

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