Cresci vendo meu pai ler, não só livros de Direito, sua escolha para o seu brilho eterno, mas os clássicos lembro dos livros na cor vermelha: “Servidão Humana”, “O vermelho é o negro”, “Os irmãos Karamazov”, “Recordação da casa dos mortos”, entre outros.
Posteriormente, esta imagem entrou na minha alma, e li todos eles, e criaram na minha cabeça a imagem daquilo que é “a viagem do homem pela literatura universal”. Fechado na cápsula hermética da identidade do homem ocidental, não conheço a cultura desta guerra terrível entre Israel e os palestinos.
Nós ocidentais tratamos o mundo como não completamente real. Atravessamos as outras culturas como uma sombra sempre com muita pressa, não tocando em nada, não se envolvendo em nada, isolados na bolha de uma sensação de superioridade.
A coisa mais temível do mundo é isso. O tapete das palavras vazias, de quem agrada porque tem interesse, é o anti-acolhimento. A vida ocorre nas sístoles-diástoles dos corações humanos, e eles são esquecidos pela ignorância e egoísmo.