Dia cinco de setembro se comemora o dia da Amazônia. Neste últimos anos a Amazônia se tornou uma terra sem lei. Tudo ali é mentira: títulos de propriedade privada da terra sobre áreas devolutas, de domínio público; derrubada de florestas, negócio altamente rentável, mas desgraçadamente destrutivo das riquezas ambientais; grilheiros, ladrões, pistoleiros, assassinos, misturados com uns coitados que se diziam trabalhadores sem-terra, mas igualmente aventureiros, pois ninguém respeitava a floresta. Todos matam a mata.
O painel da Mudança Climática, órgão científico que reúne milhares de cientistas do mundo todo, decretou: o aquecimento global é irreversível e provocará mudanças intensas, longas e violentas. Como agora o tufão Hinnamnor varre o sul do Japão com rajadas de 300 km/h. Hinnamnor classificou-se como super tufão ao atingir a categoria 5.
A emissão de gases, desde o fim do século XIX, já comprometeu o clima dos próximos cem anos. Não há mais volta. As fumaças do carvão, desde as primeiras que transformaram o mundo econômico, somadas às do petróleo queimado, enfim, os combustíveis fósseis que moveram as indústrias, os navios, os carros, os caminhões, os trens, vão se vingar do homem. A eles se juntarão os fantasmas das florestas derrubadas e incendiadas.
Tivemos há pouco as mortes de Dom Phillips e Bruno Araújo Pereira, que estavam sozinhos com seus pensamentos autistas, com suas atitudes nobres, e com seus receios novos na floresta, vamos fazer um minuto de silêncio, por eles, lembrando o dia que afundaram nas profundezas, do desconhecido em defesa da Amazônia.