Ficha policial de Lampião e mais de 50 cangaceiros é achada no RN

BRASIL – Documento teria sido confeccionado quando da passagem do “rei do cangaço” pelo Estado, em 1927. Um processo contra Virgulino Ferreira da Silva, vulgo “Lampião”, datado de 29 de abril de 1940, foi descoberto pela equipe do Instituto Técnico de Perícia do Rio Grande do Norte (Itep).

O documento teria sido confeccionado quando da passagem do “rei do cangaço” e de seu bando pelo Estado, em 1927.

Eles passaram apenas 96 horas na região, mas conseguiram causar prejuízos inestimáveis. “Ele passou 96 horas no estado, e por onde passou só deixou desgraça”, conta o coronel da PM aposentado Ângelo Dantas, que também é pesquisador.

Agora, o chefe de gabinete do Itep, Tiago Tadeu, quer que o documento se transforme em peça de museu. “Vai ajudar a contar não apenas a história forense em nosso estado, mas do próprio instituto”, ressaltou.

Segundo informações, Lampião e seu bando foram rechaçados pelos habitantes de Mossoró, cidade da região Oeste potiguar, que, liderados pelo então prefeito Rodolfo Fernandes, defenderam a cidade.

Após a passagem dos cangaceiros, segundo o pesquisador Rostand Medeiros, foram abertos três processos contra Lampião e seu bando. “São de onde o bando deixou rastros. Em Martins, Pau dos Ferros e Mossoró”, destacou.

O documento achado no arquivo do Itep, em Natal, é uma lauda escrita à fina caligrafia onde constam os nomes dos 55 criminosos mais temidos do sertão nordestino. Ao final, a informação de que os homens citados são enquadrados nos artigos 294 (Matar alguém) e 356 (Subtrair, para si ou para outrem, coisa alheia móvel, fazendo violência à pessoa ou empregando força contra a coisa”, como consta no Código Penal dos Estados Unidos do Brasil de 1890).

“Pouco se sabe sobre esse documento, mas tem ligação com o processo da comarca de Pau dos Ferros. O fato de estar em Natal pode ser apenas para deixar registrados os nomes e deixar alguma informação sobre o bando”, explicou o coronel Ângelo.

Lampião e o seu bando foram mortos há 78 anos, na fazenda Angicos, no Sertão de Sergipe, no dia 27 de julho de 1938.

Fonte: rondonoticias

 

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