A montadora Fiat Chrysler (FCA) apresentou nesta segunda-feira, 27, uma proposta de fusão com a francesa Renault. A união das companhias, caso concretizada, criará o terceiro maior grupo mundial do setor. A montadora ítalo-americana seria proprietária de 50% da francesa.
A estimativa, caso a negociação seja efetivada, é de que sejam vendidos 8,7 milhões de veículos por ano.
O governo francês é favorável à aliança, mas “é necessário que as condições da fusão sejam favoráveis ao desenvolvimento econômico da Renault e evidentemente aos funcionários da Renault”, afirmou a porta-voz do governo francês, Sibeth Ndiaye.
O vice-primeiro-ministro italiano Matteo Salvini, líder da Liga, qualificou a operação como “brilhante”. “Se a Fiat cresce, esta é uma boa notícia”, afirmou.
A Fiat Chrysler indicou que a linha de produção das duas empresas é “ampla e complementar, e daria uma cobertura completa ao mercado, do segmento de luxo até o voltado para o grande público.
FCA e Renault produzem automóveis de nível intermediário e populares, o que significa que poderiam compartilhar os avanços tecnológicos, afirmam analistas.
A Renault poderia contribuir com sua tecnologia para o desenvolvimento de motores elétricos, enquanto a Fiat Chrysler entraria com sua conta no mercado americano e seus veículos 4×4 e picapes. Segundo informações iniciais, a junção da operação das empresas não significaria o fechamento de fábricas, o que é uma boa notícia, uma vez que ambas possuem instalações de grande porte no Brasil.
Fonte: Jornal de Brasília