Nesta sexta-feira, 15 de novembro, a Praça da Matriz, em Prado, foi o cenário de abertura da Feira da Economia Solidária, um evento que une cultura, sustentabilidade e o fortalecimento das economias locais. A iniciativa, organizada pelo Instituto Casa da Cidadania e pelo CESOL (Centro Público de Economia Solidária), conta com o apoio da Prefeitura de Prado e do Governo do Estado da Bahia.
A feira, que vai até domingo, 17, reúne produtores locais, artesãos, agricultores familiares e artistas, celebrando a diversidade e o empreendedorismo sustentável.
Ioná Nogueira Magalhães, mais conhecida como Nazinha, é uma das artesãs que expõem seus trabalhos na feira. Com 12 anos dedicados ao artesanato sustentável, ela destacou a importância do evento para o empreendedorismo feminino. “Essa feira vem alavancar as nossas vendas porque nós sabemos o quão é importante valorizar o artesanato local”, afirma.
Nazinha utiliza materiais sustentáveis para criar peças inspiradas nos pontos turísticos de Prado, o que atrai a atenção dos turistas em busca de uma lembrança autêntica da região.
A Feira da Economia Solidária já está em sua nona edição em Prado, consolidando-se como um evento de referência para a economia local.
Segundo Iracema Ribeiro, secretária de Turismo, Esporte e Cultura de Prado, a feira se destaca não apenas pela organização, mas também pela capacidade de movimentar a economia durante o feriado prolongado. “A cidade está com 100% de ocupação hoteleira. Para nós, é mais renda e emprego na cidade”, destacou, celebrando a oportunidade de mostrar ao público a produção artesanal e os produtos da agricultura familiar.
Sérgio Mascarenhas, diretor de Cultura de Prado, reforça o impacto positivo do evento ao destacar a diversidade cultural presente na feira. “Temos produtos da agricultura familiar, participação das aldeias indígenas e da associação das crocheteiras, além de muita música e cultura”, comentou.
Com apresentações de artistas regionais, rodas de capoeira e shows de artistas locais, como Márcio Maurício e Luizinho Rocha, a feira não apenas atrai turistas, mas também promove as tradições culturais da região.
Para Antonio Carlos, vice-prefeito de Prado, a realização da Feira da Economia Solidária reflete o compromisso da administração local com a valorização da cultura e a inclusão econômica. “Isso é nada mais do que o respeito que a gente tem pelas comunidades e pela história do Prado” declarou.
Ele ressaltou que a feira contribui para que o turismo beneficie também as comunidades rurais, fortalecendo a cadeia produtiva e garantindo que a renda gerada chegue a todos os cantos do município.
Rodrigo Rodrigues, coordenador da feira, também destacou o papel de Prado como uma cidade de grande relevância no circuito da economia solidária da Bahia. Segundo ele, o evento em Prado é o que mais gera negócios e visibilidade para os artesãos.
“Prado é a cidade que mais vende e que tem o maior volume de negócios. A gente fica muito feliz em realizar essa nona edição aqui”, afirmou. Rodrigo enfatizou o compromisso do Governo do Estado da Bahia em apoiar a economia solidária, um esforço contínuo que já atravessa gestões e que tem um investimento de mais de 4 milhões de reais, abrangendo todo o território baiano.
Além de promover a economia local, a feira oferece entretenimento para todos os gostos e idades. Apresentações musicais de artistas renomados, como DJ Lincon Falcão, garantem uma programação animada e diversa, enquanto os visitantes têm a oportunidade de conhecer e adquirir produtos que representam a riqueza cultural da Costa das Baleias. A feira é gratuita e aberta ao público, incentivando o consumo consciente e a valorização da produção local.
A Feira da Economia Solidária é mais do que um evento: é uma celebração da economia criativa e sustentável, que contribui para a inclusão social e o fortalecimento dos pequenos empreendedores da região. Até domingo, a Praça da Matriz promete ser um espaço de trocas culturais, aprendizado e, acima de tudo, de apoio à economia solidária.