Então ele lhe disse: “Filha, a sua fé a curou! Vá em paz e fique livre do seu sofrimento”. (Marcos 5.34)
“A sua fé a curou”, foi o que a mulher ouviu de Jesus. Aquela mulher simples e sofrida sobre quem temos refletido nos dois últimos dias. A fé fez toda diferença. Tornou impossível ao Mestre ignorar o leve toque em Seu manto, enquanto nenhuma importância dava aos esbarrões (e talvez também gritos) da multidão. A fé daquela mulher fez com que virtude, vida, poder que renova, saísse de Jesus e a curasse. Gilberto Gil escreveu: “andar com fé eu vou, que a fé não costuma falhar”. Não sei o que o inspirou e não é o caso aqui de discutirmos o sentido que ele dá a isso, mas a fé, de fato, jamais falha. Ela sempre produzirá resultados.
Há muitas manifestações de fé e muita confusão. Crer é fundamental, mas é igualmente fundamental avaliar em que se crê, pois a fé resultará em alguma coisa, sempre produzirá algo em nós, mudando nossa vida. Somente a ausência de fé deixa tudo como sempre foi. Mas note: assim como somos afetados pelo que comemos, somos afetados também pelo que cremos. A fé da mulher a curou de sua doença e a libertou de sua condição, mas nem toda fé realmente cura e liberta. A fé também pode escravizar e adoecer. Tão importante quanto crer, é em quem e no que se crê. Como devemos orientar nossa fé?
O fundamento da fé cristã é Jesus Cristo. O que Ele disse e fez são a revelação segura sobre quem Deus é. Como disse Paulo, “ninguém deve colocar outro fundamento além de Cristo” (1 Co 3.11). Jesus afirmou ser “o caminho”, “a verdade” e “a vida”, concluindo que “ninguém vem ao Pai, a não ser por mim” (Jo 14.6). Se nosso alvo é Deus, Jesus é o único caminho. É crendo nele que experimentamos a fé que liberta, cura e redime. O cristão é alguém que crê, submete-se e honra, não um poder, um símbolo ou uma doutrina, mas uma pessoa: Jesus Cristo. A fé que verdadeiramente nos liberta, é a fé em Jesus (Jo 8.36). É esta a sua fé?