“Ainda que me abandonem pai e mãe, o Senhor me acolherá.” (Salmos 27.10)
Nossos pais são nossa primeira e também nossa última fonte de bem estar e segurança. É por meio deles e de seu cuidado e proteção que somos preparados para seguir pela vida com suas limitações e riscos. São eles também aqueles de quem esperamos que sempre nos acolham, perdoem e compreendam. A expectativa que temos é que, mesmo que todos nos abandonem, nossos pais ainda queiram nos apoiar e acolher. Quando eles desistem, nos perguntamos se alguém mais se interessaria. A certeza de que somos amados e apreciados por eles são de especial importância para nosso bem estar.
Por isso é tão devastador e tão chocante quando pais, em lugar de tratar com amor, desprezam, agridem ou abandonam filhos. E neste mundo mal, infelizmente, não são poucos os filhos sem pais ou os filhos cujos pais fazem o papel oposto do que se espera que fizessem. Mas é também para pessoas desse tipo de tragédia que Jesus veio e disse: vim para que vocês tenham vida e vida plena! (Jo 10.10). Pois em Cristo se confirma toda verdade acerca do caráter de Deus e seu amor por nós. E não somente isso, por meio de Cristo nos tornamos participantes de chamado de Deus, de seu Reino e nele recebemos vida.
Nossos pais importam e há muitas outras pessoas e aspectos que importam e que pesam em nosso bem ou mal estar, em nossa capacidade de lidar com a vida ou sucumbir diante dela. Mas Deus se oferece amorosamente a nós para ser o fator determinante, aquele de quem nossa vida dependa. Pois ainda que falhem aqueles que jamais deveriam falhar e ainda nos falte o que seria considerado indispensável, podemos confiar no Senhor. Reconhecendo e crendo nisso, o salmista termina seu cântico nos aconselhando: “Espere no Senhor. Seja forte! Coragem! Espere no Senhor.” (Sl 27.14)
ucs