“Farrofa” assume o duplo assassinato de mãe e filho

“Farrofa” assume o duplo assassinato de mãe e filhoMucuri – O homicida Juscelino Amelantino dos Santos, o “Farofa”, 40 anos, confessa que em posse de um revólver 38, pertencente ao mandante do crime, realmente foi o autor do duplo homicídio em que executou pela empreitada de R$ 1.500,00, mãe e filho, na propriedade rural da família das vítimas, no sítio São Rafael, na Praia do Josué, Balneário da Costa Dourada, no litoral sul do município de Mucuri, no dia 19 de abril de 2009. O titular da Polícia Civil em Mucuri, delegado Sanney Simões concluiu as investigações e prendeu os autores do crime na manhã de sábado do último dia 18 de dezembro.

Foram 18 meses de investigações, inclusive com a realização da reconstituição do crime com a participação do suposto mandante. E o delegado Sanney Simões chegou na semana passada a uma conclusão dos fatos e pediu na justiça pela prisão do agricultor Antônio Clero Barreiros dos Santos, o “Clero”, 58 anos, e do pistoleiro Juscelino Amelantino dos Santos, o “Farofa”, 40 anos, mandante e executor respectivamente.

Os mandados de prisão preventiva foram decretados pelo juiz Eduardo Gil Guerreiro, titular de Nova Viçosa e substituto da comarca de Mucuri. E munido dos mandados de prisão, o delegado Sanney Simões e seus agentes na chefia do policial civil João Gonçalves prenderam os acusados em duas diligências, entre a madrugada de sexta-feira (17) e madrugada de sábado (18/12).

As vítimas foram Gilorleide Guilherme Silva, 52 anos e seu filho Crhistian Guilherme dos Santos, 19 anos, encontrados mortos no terreiro da casa do sítio onde moravam. A mulher foi abatida com um tiro no tórax e o filho Crhistian foi executado com um tiro no alto das costas e seu corpo foi encontrado próximo a uma cerca, por ocasião dos crimes em 19 de abril de 2009.

Mas foi o depoimento confuso do agricultor Antônio Clero Barreiros dos Santos, o “Clero”, 58 anos, que fez a polícia passar a desconfiar dele próprio, desde o primeiro momento. Ele disse em seu depoimento por ocasião do duplo homicídio que estava em casa com a esposa e com o filho, quando apareceu um homem armado dizendo que era um assalto, que teria entrado em luta corporal com o bandido e de repente avistou outros dois homens armados, quando teria corrido da cena do assalto, por entender que não venceria a luta com os três homens. Tendo corrido em direção à praia, atravessado um riacho, passou por um mangue, atravessou uma lagoa de restinga e 1 km após, parou na casa de uma família conhecida sua onde teria apelado por socorro.

Mas o delegado Sanney Simões não conseguiu acreditar que uma pessoa corresse tanto de uma cena de assalto e nem que homem nenhum seria capaz de fugir de uma cena de crime deixando a esposa e o filho dentro de um fogo cruzado. A partir daí várias oitivas foram colhidas do acusado e diversas pessoas foram ouvidas e muitas rotinas também foram refeitas para se buscar base no esclarecimento do crime.

Mas a polícia descobriu que “Clero”, estaria com problema com a esposa por desconfiança de adultério por parte dela e que teria tido um problema de desentendimento com o filho, por entender que ele estivesse protegendo a mãe, ou também se suspeita da motivação por causa de herança em que a vítima teria herdado dos pais. Muito embora, diz o agente policial João Gonçalves, os fatos não se comprovassem além das informações extra-oficiais, as contradições do acusado fizeram a Polícia Civil chegar ao criminoso e ao condutor que levou o executor ao local do duplo assassinato.

Embora não tenha tido participação no duplo homicídio, a Polícia Civil de Mucuri identificou um sobrinho de “Clero”, que remou um barco que levou o matador Juscelino Amelantino dos Santos, o “Farofa”, 40 anos, num trajeto pelo rio Mucuri, pelo mar e até chegaram ao local do crime. O sobrinho de “Clero” teria ficado numa praia tomando conta do barco até que o mandante e o assassino fossem ao sitio onde estava a família. E no retorno teriam confessado o duplo assassinato ao barqueiro que levou somente “Farofa” de volta. Já “Clero”, teria ficado na praia para simular o assalto, que logo depois chegou à casa da família do outro lado da restinga contando a dita história.

O delegado Sanney Simões tem certeza que “Clero” estava no local e acompanhou a execução da esposa e do filho. Talvez ele só mataria a esposa, e o filho teria chegado na hora errada e morreu por ter tentado proteger a mãe, ou o duplo homicídio estava realmente nos planos do mandante. “Farofa”, recebeu de “Clero”, a quantia de R$ 1.500,00 por ter cumprido a empreitada de matar a esposa e o filho do mandante. O delegado Sanney Simões pretende concluir e relatar o inquérito do caso para encaminhá-lo à justiça ainda este ano.

Fonte: Athylla Borborema / Teixeira News

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