E mais uma vez áudio que circula pelo WhatsApp tem assustado muitas pessoas a respeito da presença de uma variação mutante do H1N1 em Goiânia. Mas, será que o alerta é verdadeiro?
No áudio, gravado por uma mulher e direcionado à sua família, ela relata que a Organização Mundial de Saúde (OMS) não quer que seja divulgado um alerta à população, para que não haja alarme.
Vírus mortal
Na gravação, a mulher diz: “tem um vírus bem mais potente que o H1N1 que é o H2N3, vírus mortal! A diferença dele pro H1N1 é que o paciente fica com insuficiência respiratória muito forte e vem a óbito no máximo em três dias. Aqui, em Goiânia, já temos alguns casos confirmados”.
A situação da Vila São Cottolengo e do médico pediatra da rede municipal de Saúde Luiz Sérgio de Aquino Moura, que morreu por consequência da gripe H1N1, são relatados no áudio pela mulher. Há matérias sobre o caso do médico em diversos sites.
Ela afirma ainda que existe um vírus mutante do H1N1 circulando, o “H2N3”. E que, se as pessoas não se protegerem, haverá muitas mortes.
No final, a mulher aconselha evitar locais que aglomeram muitas pessoas, tais como shoppings e cinemas, e orienta sempre passar o álcool em gel nas mãos.
Ouça abaixo:
Verdade?
As informações trazidas pela mulher, no entanto, foram tema de uma apuração do site especializado em fake news Boatos.org.
Segundo a publicação, a OMS não é responsável pela notificação de casos de gripe nos municípios e o H2N3 não circula entre a população humana desde 1968.
Ocorre que a autora do áudio se confundiu. O vírus que preocupa as autoridades de saúde é o H3N2, cuja prevenção é coberta pela vacina contra gripe do Ministério da Saúde.
ATENÇÃO!
Mesmo que as informações e o alarme sejam falsos, as dicas da mulher são importantes. Foram, de fato, registrados casos de morte por por H1N1 e H3N2 em Goiás.
Para se prevenir, além da vacina, a recomendação é de higiene redobrada e os procedimentos padrões para proteção contra a gripe.
Medidas preventivas
A secretária de Saúde da Prefeitura de Goiânia, Fátima Mrué, em entrevista à imprensa na tarde da última quinta-feira, 5 de abril, no Paço Municipal, disse que não há motivos para pânico, porém ressaltou que existe um sinal de alerta e que a população não pode lançar mão das medidas preventivas.
A Secretaria de Estado da Saúde de Goiás, por meio da Vigilância Epidemiológica, informou que está preocupada com o aumento significativo dos casos de Influenza e emitiu sinal de alerta.
Para o órgão, Goiás não vive epidemia, mesmos com os números alarmantes de casos.
A Secretaria de Estado destacou que a vacinação deve ser feita todos os anos porque os vírus sofrem mutações e, a cada nova dose, a vacina protege contra um novo tipo.