Em janeiro, as montadoras brasileiras fabricaram 152,7 mil autoveículos (automóveis, comerciais leves, caminhões e ônibus). O número representa um avanço de 5% frente a janeiro de 2022, mas não anima a Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea). No primeiro mês do ano passado, o mercado enfrentava internamente a escassez de algumas matérias primeiras e, no contexto geral, a segunda onda da Covid-19, com receios devido ao surgimento da variante Ômicron.
O desempenho no mês passado é inferior ao de igual período de antes da pandemia – quando se chegou a finalizar 200 mil unidades no primeiro mês do ano – e até mesmo de 2021. Na avaliação da entidade, em janeiro de 2023 o setor viveu uma retração na demanda por parte dos consumidores, ao contrário do problema na oferta de um ano antes.
“O ano começa com o mercado automotivo desaquecido, em função das crescentes dificuldades de crédito e do clima de incertezas sobre o desempenho da economia em nível nacional e global”, ressaltou o presidente da Anafavea, Márcio de Lima Leite. As exportações se apresentaram como o único indicador de fato positivo em janeiro. Foram comercializadas para o exterior 33 mil unidades, alta de 19,3% em comparação com igual mês do ano passado.
Para este ano, a entidade projeta a fabricação total de 2,4 milhões de unidades, alta de 2,2% frente a 2022. Deste total, 2,26 milhões serão automóveis e comerciais leves e 150 mil caminhões ou ônibus.
Fonte: Bahia.ba