Extremo Sul: PF conclui 15 das 16 reintegrações de terras; índios resistiram às ações

Delegado relata que índios atiraram pedras, flechas e coquetel molotov.

Extremo Sul: PF conclui 15 das 16 reintegrações de terras; índios resistiram às açõesQuinze das 16 propriedades que foram alvos de ações de reintegração de posse na região de Itabela, no extremo sul da Bahia, foram devolvidas aos donos por meio de decisão judicial.

As ações, que tiveram início na manhã da quarta-feira, 26, foram executadas e concluídas no início da noite do mesmo dia por agentes Polícia Federal, da Polícia Militar e da Companhia de Ações Especiais da Mata Atlântica (Caema).

De acordo com o delegado Pancho Rivas, que comandou a operação por meio da PF, o órgão não pode antecipar se a última reintegração prevista será realizada nesta quinta-feira, 27, já que o anúncio pode atrapalhar o encaminhamento da operação.

Sobre o cumprimento das 15 primeiras reintegrações, Rivas relatou à reportagem que enfrentou resistência de alguns indígenas que atiraram pedras, flechas e coquetel molotov contra os agentes, como também queimaram veículos e destruíram pontes para dificultar a chegada das equipes às propriedades que seriam reintegradas.

Apesar das resistências, Rivas ressaltou que a operação não deixou feridos e que ninguém foi preso. “Fomos cumprir uma decisão judicial e decisão judicial deve ser respeitada”, concluiu.

Investigação

Dentre os espaços alvos de reintegração está a propriedade do produtor rural Raimundo Domingues Santos, que está desaparecido desde o dia 8 de agosto deste ano. Familiares denunciam envolvimento de índios no sumiço.

Na tarde de quarta-feira (26), o Ministério Público Federal (MPF) informou que denunciou dois índios pataxó suspeitos de ter envolvimento no desaparecimento do produtor rural.

A denúncia é do procurador da república Edson Abdon, que pede a condenação dos indígenas Lourisvaldo da Conceição Braz e Valtenor Silva do Nascimento pelos crimes de sequestro, cárcere privado, além de suposto homicídio qualificado, que teria sido seguido de destruição e ocultação de cadáver. A pena pode chegar a mais de 40 anos de reclusão e multa.

Um dos Pataxó foi preso no final de outubro pela Polícia Federal, em cumprimento a um mandado de prisão preventiva expedido pela Justiça Federal de Eunápolis. A prisão ocorreu na Fazenda Brasília, no distrito de Montinho, em Itabela, quase um mês depois da captura do primeiro suspeito, localizado no município de Teixeira de Freitas.

 

 

Fonte: G1

 

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