Exaustão e esgotamento profissional têm nome: Síndrome de Burnout

Exaustão e esgotamento profissional têm nome: Síndrome de Burnout
Pessoa de escritório extremamente cansada que sofre de síndrome de Burnout. Foto: Freepik

Pessoas que trabalham em situações extremamente estressantes (policiais, controladores de voo, profissionais da saúde, jornalistas etc.) ou em circunstâncias críticas (estudantes em vésperas de provas, situações de assédio moral etc.) podem sofrer com a exaustão em decorrência da experiência diária de medo e de angústia.

A Síndrome de Exaustão foi caracterizada por Maslach Burnout Inventory e Jackson Ford em 1986. Inclui três componentes: exaustão emocional, despersonalização e redução da realização pessoal.

Conforme explica a psicóloga Juliane Gurutuba, a síndrome não acontece da noite para o dia, mas desenvolve-se lentamente, por um longo período, podendo ser representado em 12 estágios.

  • Necessidade de autoafirmação: Verifica-se com frequência ansiedade em fazer as coisas e uma compulsão pelo próprio desempenho.
  • Dedicação intensificada: Predomina o sentimento de que tem de fazer tudo sozinho, até para demonstrar que é imprescindível.
  • Descaso com as próprias necessidades: Praticamente todo o tempo disponível é reservado para atividade profissional. A pessoa justifica que não pode perder tempo com horas de lazer ou com a família.
  • Recalque de conflitos: Os primeiros problemas físicos devido à fadiga começam a aparecer, porém são ignorados.
  • Reinterpretação dos valores: O isolamento e a negação das próprias necessidades modificam a percepção. São desvalorizados os contatos sociais e as horas de lazer, a única relevância é o trabalho. A intolerância é característica nesta fase, outros são percebidos como incapazes e preguiçosos.
  • Negação de problemas: O indivíduo tende a negar os problemas que o afligem.
  • Recolhimento: Começam a surgir sensações de desesperança e desorientações. Nesta fase, muitos recorrem ao álcool ou as drogas.
  • Mudanças evidentes de comportamentos: Os outrora tão dedicados e ativos revelam-se agora amedrontados, tímidos e apáticos, e surge o sentimento de inutilidade.
  • Despersonalização: Nesta fase, rompe-se o contato consigo próprio. Avida é rebaixada ao mero funcionamento mecânico, a pessoa não se reconhece mais como antes.
  • Vazio interior: A sensação de vazio interior: A sensação de vazio interior é intensa. Surgem reações excessivas, como intensificação da vida sexual e alimentação. O tempo livre é tempo entorpecido.
  • Depressão: A pessoa se torna indiferente, exausta e não vê perspectivas em nada. Sinais dos estados depressivos podem se manifestar, desde a agitação até a apatia, com pensamento extremamente pessimistas.
  • Síndrome do esgotamento profissional: Esse estágio corresponde ao total colapso físico e psíquico. Muitos chegam a pensar até no suicídio.

“Enfim, é grande o impacto do estresse em nossa vida pessoal e profissional. Também se percebe uma estreita relação entre os problemas físicos e psíquico, com as sobrecargas de trabalho. Lembre-se de que é possível conciliar atividade física e qualidade de vida, vida pessoal e profissional e lazer, basta se organizar, podem melhorar muito a sua vida”, finaliza a psicológa.

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