“Você ficará grávida e dará à luz um filho, e lhe porá o nome de Jesus.” (Lucas 1.31)
Um plano divino de proporções não calculáveis entrou em sua fase final. Séculos de anúncios, profecias e expectativas. E então aconteceu. O anjo Gabriel foi enviado a Nazaré, uma cidade pouco importante e de má fama. A jovem escolhida por Deus, Maria, morava lá e estava prometida em casamento a um carpinteiro da cidade: José. Suas vidas seriam mudadas completamente. A desimportância da cidade e dos envolvidos escondia a grandeza do plano.
O plano envolvia uma gravidez sobrenatural. Quem acreditaria? José quando soube que a sua noiva estava gravida ficou desconcertado. Para não piorar as coisas, planejou nada fazer contra a jovem e apenas abandonar a cidade secretamente. Novamente um anjo precisou entrar em ação e foi enviado a ele para esclarecer as coisas. E então José recebeu Maria, já grávida, como sua esposa. Não havia acontecido uma traição, era obra do Espírito Santo. Quem acreditaria?
Assim começaram as cenas que ficaram para história e que Lucas registrou em seu evangelho. O natal é a celebração do plano amoroso de Deus e exige fé. Se o anjo sair da história, a história fica completamente outra. Maria cai em desgraça pública e José não fica em melhores condições. Mas o anjo está lá. O anjo falou com Maria e falou com José. Eu creio nisso! O anjo e outros anjos voltariam a aparecer e falar, e cantar para um grupo de pastores no campo. Mais gente sem importância vendo anjos. Quem acreditaria? Eu creio! A história do natal é cheia do céu na terra, de gente simples e de anjos.
Dois mil anos depois pergunto-me se temos clareza de quão inusitado é o enredo do natal. Tudo já é tão conhecido e já repetimos tantas vezes a leitura que corremos o risco de não perceberemos quão pitorescos são estes acontecimentos. E por não estarmos atentos, não ficamos maravilhados! Talvez creiamos porque está na Bíblia, mas houve um tempo, em que era apenas uma história, um testemunho. E tornou-se Bíblia porque pessoas creram e para que outras pessoas pudessem saber e crer! Eu creio!
O natal está se aproximando! Você realmente acredita na história, no anjo, em Maria e José? O Verbo, o Criador, tornou-se um embrião e abrigou-se no ventre humano. Foi gestado e nasceu para entrar na história e nos redimir. Esse é o tamanho do amor de Deus. O natal nos desafia a crer nessa história inusitada!
O natal, do começo ao fim, demonstra que os nossos pensamentos não são os pensamentos de Deus. Jamais criaríamos um enredo assim. Não há como entender, não há como explicar. Só podemos crer e contar a história! O natal, e não apenas a morte na cruz, revela o quanto somos amados. O natal, e não apenas a cruz, revela o amor sacrificial de Deus por nós. Jamais saberemos quanto custou a Deus nascer como um ser humano! Maria ficou grávida e deu à luz um menino e lhe colocou o nome de Jesus, como o anjo falou. Porque cremos nessa história, somos cristãos. Oramos em nome de Jesus e anunciamos perdão e graça em nome de Jesus. Não oferecemos provas, desafiamos à fé, como um dia fomos desafiados. Eu creio no natal! Jesus nasceu e isso mudou tudo!