Na órbita da terra, existe uma estação espacial ocupando um pequeno pedaço do espaço. No dia 12 de agosto de 2001, o astronauta da Nasa Frank Culbertson chegou à Estação Espacial Internacional a bordo do ônibus espacial Discovery. Ele passaria 125 dias na estação espacial, vivendo e trabalhando. Em 11 de setembro de 2001, era o único norte-americano que estava longe do planeta Terra.
Ele, a 640 km de distância, conseguiu ver Nova York nitidamente. O clima estava impecável, e a única atividade visível era a grande coluna de fumaça preta que saía de Nova York e avançava sobre Long Island. Uma das consequências mais surpreendente é que depois de uma a duas voltas, os rastros dos aviões que normalmente riscam o céu do país inteiro haviam desaparecido, já que todas as aeronaves estavam pousadas e ninguém voava no espaço aéreo dos Estados Unidos.
Neste dia a vida nunca parecera tão frágil ou tão cheia de ameaças. O pânico arranhava com garras febris o fundo das mentes de bilhões de pessoas.
Eu estava no CIA trabalhando e recebi ligação de casa informando a tragédia, acredito que quem tinha mais de vinte anos na época lembra onde estava pois toda memória é adquirida no contexto de um determinado estado emocional já que na curta passagem da vida, confundem-se à distância todos os traços, os que marcam os caminhos da alegria, como os que vêm da tristeza tudo registrado na memória pelas emoções vividas.