“Mas o fruto do Espírito é amor, alegria, paz, paciência, amabilidade, bondade, fidelidade, mansidão e domínio próprio. Contra essas coisas não há lei.” (Gálatas 5.22-23)
Quando cremos em Jesus e com Ele nos comprometemos, somos selados com o Espírito Santo (Ef 1.13-14). É uma dádiva. Um ato de amor de Deus. Nós não poderíamos fazer algo para merecer que Deus, pessoalmente, envolvesse nossa vida com Sua presença e participasse de nossa rotina e intimidade. Isso é graça. O Espírito Santo não nos é dado para que sejamos capacitados a viver nossa vida religiosa, simplesmente. Ele não se manifesta somente quando estamos nas reuniões da igreja e depois fique quieto esperando a próxima. O que Ele tem a fazer em nossa vida não acontece exclusivamente nos momentos de oração e leitura bíblica. Com isso não quero dizer que orar e ler a Bíblia sejam da mesma categoria que ir ao supermercado. Claro que não! A oração e leitura bíblica são práticas fundamentais e indispensáveis ao nosso crescimento espiritual. Ir ao supermercado é uma contingencia de nossa vida! Mas o que quero dizer é que o Espírito Santo está conosco tanto em um momento quanto no outro.
O Espírito Santo é o nosso Ajudador, o parákletos – aquele que foi enviado para andar lado a lado conosco! Se você crê em Jesus como o Filho de Deus e o Senhor e Salvador de sua vida, o Espírito Santo está envolvendo sua vida agora mesmo, enquanto lê este texto. Onde você está? Ele está aí com você. Não há razão para que duvide disso, pois é exatamente assim. Quando cremos, somos selados com o Espírito Santo e não apenas visitados. Ele anda lado a lado conosco para nos ensinar a viver segundo os parâmetros do Reino de Deus. E no Reino de Deus a paz e a paciência são muito importantes. Os pacificadores serão chamados filhos de Deus, disse Jesus! (Mt 5.9) Eles serão identificados com Deus, pois Deus é Deus de paz! Paulo abre (Gl 1.3) e encerra suas cartas (Rm 15.33) falando da paz de Deus e do Deus de paz. Quanto mais dermos atenção ao Espírito Santo, quanto mais nos submetermos a Ele, mais pacíficos nos tornaremos. Mais pacificadores nos revelaremos. Não valorizaremos uma boa briga, mas sim um bom acordo!
Seremos não apenas pacíficos, mas também pacientes, pois Deus é paciente. João escreveu em Apocalipse o que ouviu de Jesus: “Eis que estou à porta, e bato” (Ap 3.20). A expressão usada por João é característica da paciência de quem persiste de quem não desiste. Pedro escreveu que Deus esperou pacientemente nos dias de Noé pelo arrependimento das pessoas (1 Pd 3.20). Paulo diz que, sendo o principal dos pecadores, contou com a paciência de Cristo que fez dele um exemplo do quanto Ele é paciente e espera pelo nosso arrependimento (1 Tm 1.15-16). Não devemos abusar da paciência de Deus e devemos desenvolver a nossa paciência para sermos mais parecidos com Cristo. Afinal, somos ou não Seus discípulos? Neste mundo de impacientes, de pessoas irritadiças, prontas a explodir, andar com o Espírito Santo diariamente nos fará pacientes. Quanto mais nos submetermos a Ele, mais pacíficos e pacientes seremos. Se não for assim, faremos bem em avaliar nossa fé e nossa prática cristãs!
ucs