Espetáculo encerrado, fecham-se as cortinas

Hamilton Farias de Lima, professor universitário.

“Vá  firme  na direção das suas metas, porque o pensamento cria, o desejo                                           atrai e a fé realiza”, Lauro Trevisan  (1934-         ).

 

Imagine-se a vida representada, minimamente, por um teatro onde nele assistem-se comédias, dramas, tragédias e demais encenações próprias desse meio. É um espaço que pode abrigar entretenimentos diversos voltados ao puro lazer e, ainda, um meio que aguça a curiosidade humana ao apresentar, analisar, criticar ou por em discussão questões sociais, políticas, ideológicas e outras as mais diversas que induzem a quem assiste variadas reflexões sobre as vivências humanas.

A peça teatral é composta por partes, e com base nesse entendimento poder-se-ia então imaginar, metaforicamente, em paralelo, as partes da vida humana por conta do seu ciclo biológico, com suas etapas desde o nascimento (início), desenvolvimento (parte central) e a final (o fechamento do ciclo natural). E, então, encerrado o espetáculo teatral, assim como “no teatro” do ciclo biológico, fecham-se as cortinas.

Estamos num novo ano, adentrando neste janeiro no teatro da vida – numa reabertura para novas vivências do ciclo teatral/existencial que se inicia. As cortinas dos espetáculos de 2021 já foram baixadas e fechado aquele teatro, mas 2022 ressurge e se inicia!

Agora, cabem reflexões do que se passou, da contribuição valiosa decorrente para correção de rumos e o planejamento dos amanhãs fundamentado nas vivências, nos acontecimentos que contribuíram positiva ou negativamente para a continuidade do ato de viver, do enfrentamento à realidade posta nas trilhas que o homem segue por desideratum existencial. Não há como retroceder, o teatro reabriu e temos que assistir, seguir em frente e ser parte das novas encenações!

Rememorando um pouco mais, recentemente assistimos com os efeitos globais jamais imaginados, a tragédia real consoante a pandemia que assolou, indistintamente, a civilização mundial, atingindo a espécie humana com seus efeitos deletérios – verdadeira   guerra exclusivamente ceifadora de vidas indistintamente, em qualquer lugar, sem fronteiras ou compaixão.  Apenas, destruição a todo tempo e que, infelizmente, continua em crescente!

Que lições decorrem dos espetáculos vivenciados, vistos ou assistidos em 2021, quais os indicadores resultantes e as lições de vida que estão disponibilizados e podermos utilizá-los?

Com certeza, o enfrentamento a ser feito não é responsabilidade exclusiva das autoridades ou somente daqueles das linhas de frente, vez que diz respeito à proteção de cada um na sua individualidade e a todos pela necessidade de apoio, integração e coparticipação.

Os indicadores estão aí: quanto mais cobertura vacinal (pessoas imunizadas), medidas restritivas de aglomerações, uso de máscaras e medidas de higiene, menores serão os números de novos casos, das necessidades de atendimento hospitalar, até porque a variante ômicron de elevado grau de infecciosidade já domina o nosso quadro pandêmico.

Nesse contexto, em síntese, mais juízo nos comportamentos sociais, aproveitando as imperiosas lições do teatro da vida e Feliz Ano Novo!

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