“Por isso, esforcemo-nos em promover tudo quanto conduz à paz e à edificação mútua.” (Romanos 14.19)
Paulo escreveu uma definição dizendo que o Reino de Deus constitui-se de justiça, paz e alegria no Espírito Santo (Rm 14.17). Em seguida ele afirmou o que lemos no verso de hoje. Aprendemos com seu ensino que o Reino de Deus se manifesta a partir de nós e não existirá na história humana sem que os seres humanos o promovam com suas atitudes. Por isso Paulo disse aos irmãos de Roma que se esforçassem! Precisamos praticar esforços pelo Reino de Deus entre nós. Nós que nos esforçamos por tantas coisas, suportamos tantas coisas, devemos nos perguntar se parte desses esforços, dessa disposição de suportar o que nos desagrada, está relacionada à promoção do Reino de Deus. Talvez percebamos que, muitas vezes, não está.
Não é preciso esforço para reunir pessoas que estejam dispostas a ouvir uma fofoca, a repassar uma má notícias, a estabelecer diálogos críticos e ácidos a respeito de um outro alguém. Nossas mazelas produzem frutos sem exigir muito esforço. Esforço é necessário se não queremos fazer isso, se decidimos não promover essas coisas. É preciso esforço para aprendermos a aceitar e não julgar nosso irmão. É preciso esforço para nos importar com o outro, dar tempo e valorizar nosso irmão. É preciso esforço se queremos aprender a virtude de nos alegrar com os que se alegram e de chorar com os que choram. Paulo está certo ao pedir que nos esforcemos. E seu pedido deve ser ouvido por nós como um pedido inspirado pelo próprio Deus. Há coisas que Deus realiza em nós para que sejamos melhores. Mas há outras que nós precisamos realizar e que envolverão nosso esforço, para que venhamos a ser melhores.
Paulo indica a direção que deve orientar nossos esforços: a promoção de tudo que produza como resultado a paz e a edificação mútua. E certamente não fazem parte disso a fofoca, o julgamento e o criticismo maldoso. E fazem parte coisas como: orar uns pelos outros, nos interessar uns pelos outros, perdoar, servir, cuidar, apoiar, reconhecer, encorajar, agradecer… O leque de boas coisas que podemos fazer é bem grande e algumas poderão exigir esforço. O esforço de não sermos egoístas e individualistas, por exemplo. Uma igreja é verdadeiramente cristã quando se ocupa disso, quando está comprometida em esforçar-se por isso. Em lugar de torna-se um problema por, despreocupadamente, seguir o próprio coração, procure se esforçar para ser uma bênção. Você, de forma alguma, se arrependerá dessa escolha!