“Foi para a liberdade que Cristo nos libertou. Portanto, permaneçam firmes e não se deixem submeter novamente a um jugo de escravidão.” (Gálatas 5.1)
A leitura da história da nação israelita nos mostra que os judeus, depois de libertos da escravidão egípcia, em diversos momentos desejaram voltar, sentiram saudades da antiga vida. Eles eram explorados, comiam o que o salmista chamaria de “pão de dores” ou “pão ganhado a duras penas” (Sl 127.3), mas lembravam-se daqueles tempos como se fossem bons: “Nós nos lembramos dos peixes que comíamos de graça no Egito, e também dos pepinos, das melancias, dos alhos porós, das cebolas e dos alhos.” (Nm 11.5). Esqueceram-se dos gemidos e lamentos daquele tempo (“Os israelitas gemiam e clamavam debaixo da escravidão; e o seu clamor subiu até Deus.” Ex 2.23)., como se tivessem perdido algo que valia a pena recuperar.
Depois de libertos por Cristo corremos o mesmo risco, estamos sujeitos a essa mesma dinâmica. A escravidão produzida pelo pecado em nossa vida é de um tipo que promove trocas: Oferece-nos algo intenso, superficial e temporário em troca de algo sereno, profundo e eterno. Oferece-nos prazer em troca de propósito. Dando-nos o primeiro, rouba-nos o segundo. Perdemos de vista o prazer que há no propósito e nos deixamos prender pelo prazer sem qualquer propósito. Há três mercadorias muito presentes na banca da escravidão, de onde ouvimos vozes que anunciam um negócio imperdível: Dinheiro, poder e prazer. E somos vulneráveis. Precisamos nos refugiar em Cristo e perseverar. Algumas vezes, lutar.
Por isso Paulo nos lembra: Vocês foram libertos por Cristo para continuarem seguindo o caminho da liberdade. Portanto, perseverem e não se deixem enganar pelos convites que levam à escravidão! Precisamos seguir em frente, como pessoas livres, para aprendermos a viver como pessoas livres. Para descobrirmos os prazeres da liberdade, os poderes de uma vida íntegra e as riquezas de comunhão com Deus. As mercadorias do pecado são falsas. O pecado nunca entrega o que promete. Ele é produto do pai da mentira – Satanás – e não poderia ser diferente. Persevere, mantenha-se firme. Há uma vida cheia de alegria, prazer e riquezas, poder e sabedoria na liberdade que recebemos em Cristo Jesus. Foi para a liberdade que Cristo libertou você, não para ficar indo e voltando, como se tivesse perdido algo ao deixar a escravidão do pecado!