Entidades baianas desenvolvem selo de qualidade para chocolate brasileiro

Instituto Cabruca e a Associação dos Produtores de Cacau querem aumentar teor de cacau no preparo da guloseima

Para reforçar a importância do uso da amêndoa no preparo de chocolate, a Associação dos Produtores de Cacau (APC) e o Instituto Cabruca estão desenvolvendo um selo de qualidade para o produto. A ideia é valorizar as empresas que utilizarem 100% de cacau brasileiro no preparo de chocolates com alto teor da amêndoa e avaliar a procedência desta matéria-prima. “Além do produtor, que passa a ter um produto com maior valor agregado, quem sai ganhando com essa mudança é o consumidor, que poderá contar com os diversos benefícios do cacau para sua saúde, entre eles a ação anti-inflamatória e o efeito imunomodulador – que melhora a resposta imunológica”, explica Durval Libânio, secretário-executivo do Instituto Cabruca e presidente da Câmara Setorial do Cacau. Segundo ele, o Brasil produz hoje cerca de 497 mil toneladas de chocolate, movimentando cerca de R$ 10 bilhões por ano na economia brasileira. Ao produtor é destinado R$ 800 milhões deste montante, o que sinaliza o baixo teor de cacau nos chocolates produzidos no País.

A ideia do selo, segundo Henrique Almeida, presidente da Associação dos Produtores de Cacau (APC) vem em boa hora, pois o setor vive um momento ímpar no Brasil. “Depois de toda a crise que abateu a cacauicultura, em função da vassoura de bruxa e do endividamento e da descapitalização que a seguiram, os esforços para o avanço da lavoura e para a valorização do produto começam a dar resultados”, afirma Almeida. O cacau brasileiro, considerado historicamente pelo senso comum como de baixa qualidade, vem dando mostras da sua qualidade e ganhou nada menos do que 14% das premiações do concurso mundial de Chocolate em Paris, na França, durante o Salão Internacional do Chocolate 2010. Outro motivo para comemorar é que o Brasil ostenta a posição de 4º maior consumidor mundial de chocolate e de 5º maior produtor de cacau, com um detalhe de ter sido o País que nos últimos cinco anos mais aumentou o consumo “per capita” do doce. O salto foi de 400g por habitante /ano para 1,3 kg. Países como a Inglaterra consomem cerca de 12 kg por ano, o que sinaliza possibilidades de crescimento.

Tem se tornado cada vez mais popular no Brasil o consumo de chocolates especiais, com teores mais elevados de cacau em sua formulação, feitos com amêndoas de alto padrão de qualidade, conhecidas como cacau fino ou gourmet. Na Bahia, destaque para empresas que já investem neste mercado, tais como: AMMA Chocolates, Chocolate Bahia Superior e Planeta Cacau que comercailzia Cacau “in natura”, todas com amêndoas produzidas direto da fazenda, com 100 % de cacau brasileiro.

 
Fonte: Yes Assessoria e Comunicação

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