Eleitores que não fizeram o recadastramento biométrico no Tribunal Regional Eleitoral da Bahia poderão ser identificados pela impressão digital em 2 de outubro.
A ação é parte do Projeto de Importação de Biometria de Órgãos Externos (Bioex), do Tribunal Superior Eleitoral. Seis entidades públicas parceiras da Justiça Eleitoral vão permitir o aproveitamento de dados dos cidadãos que estão aptos a votar nas eleições gerais deste ano.
A maior parte dos dados será importada do Departamento Nacional de Trânsito (Denatran) e um menor percentual virá dos institutos de identificação dos estados. No dia da eleição, as informações repassadas pelos órgãos conveniados serão validadas pelo TRE-BA.
O processo vai funcionar em cada seção eleitoral, quando o cidadão usar a impressão digital para se identificar. Se a identificação for feita com sucesso, a urna eletrônica vai registrar a informação para que, posteriormente, os dados biométricos do eleitor sejam inseridos no cadastro eleitoral. Independentemente da validação, o eleitor poderá votar.
Segundo o TSE, a Bahia tem 72.287 cidadãos que tiveram seus dados importados por meio do Bioex. Esse número corresponde a 0,73% do eleitorado baiano.
A estimativa é que 9,8 milhões pessoas em todo o país tenham as digitais conferidas na hora do voto. Este número representa mais de 8% do total de biometrias do eleitorado apto a votar em 2022 no Brasil.
Informações integradas
Criado em 2017, o Bioex visa acelerar o processo de cadastramento biométrico que, atualmente, reúne dados de aproximadamente 120 milhões de pessoas.
Desde a eleição de 2018, cerca de 5 milhões de registros foram aproveitados para fins eleitorais e, no pleito de outubro, esse número poderá chegar a quase 15 milhões, caso esses novos dados sejam validados.
No pleito de 2020, com a pandemia e as medidas adotadas pelo TSE para conter o coronavírus, a validação biométrica nas urnas eletrônicas foi suspensa. Em 2022, este processo está sendo retomado, o que possibilita também o prosseguimento do projeto Bioex.
De acordo com o secretário de Tecnologia de Informação e Comunicação do TRE-BA, André Cavalcante, o objetivo é evitar burocracia e facilitar a vida do eleitor, já que o Bioex dispensa a necessidade de nova biometria. “Com informações integradas, a Justiça Eleitoral também garante uma economia relevante para os cidadãos e para o poder público”.