“Tenham o cuidado de não praticar suas ‘obras de justiça’ diante dos outros para serem vistos por eles. Se fizerem isso, vocês não terão nenhuma recompensa do Pai celestial.” (Mateus 6.1)
Vem do século 16 as palavras de Willian Shakespeare “ser ou não ser, eis a questão”, que nos coloca diante da irrefutável superioridade do ser sobre o ter. A questão sobre quem somos foi estabelecida por Deus, quando nos fez à Sua imagem e semelhança. Ser importa, definitivamente, pois Deus se revelou como o Eu Posso ou o Eu Tenho, mas o Eu Sou. Criados à Sua imagem, fomos criados para ser. O Espírito Santo, nosso Ajudador, vem par anos ajudar a ser, a nos tornar alguém e não apenas nos levar a fazer algo. Paulo afirmou que Cristo nos faz novas pessoas (2Co 5.17). Por meio do profeta Ezequiel Deus nos instrui a buscar um novo coração e um novo espírito (Ez 18.31). Diz também que quer nos dar um novo coração (Ez 36.26). Seguir a Cristo envolve fazer muitas cosias mas, sobretudo, envolve o esforço e compromisso de ser.
Jesus disse que é do nosso coração que vem as maldades que nos contaminam (Mt 15.18-20). É lá que precisamos das mais radicais mudanças. Muitas vezes a mudança no coração começa a escolha e compromisso com notas atitudes. Logo, fazer o bem pode nos tornar pessoas boas. Devemos aproveitar a oportunidade para fazer o bem e ter o cuidado para não corromper o bem que fazemos. Uma das formas como isso acontece é quando fazemos das boas ações o combustível que alimenta o motor do nosso orgulho e de nossa vaidade. Quando percebemos que podemos nos beneficiar da apreciação e mesmo da gratidão das pessoas. Fazer o bem não pode ser uma forma de manipulação. Não devemos fazer o bem para obter vantagens.
Por isso Jesus disse: tenham cuidado! Ele pediu para sermos precavidos. Devemos praticar o bem evitando fazer de nosso ato uma propaganda pessoal. Não é incomum sofremos de carências de reconhecimento e apreciação. Mas não devemos deixar que isso nos domine e corrompa. A resposta para nossa carência é o amor de Deus. A apreciação humana jamais nos satisfará. Se praticarmos nossos atos bondosos para sermos vistos, corromperemos a raiz da árvore da bondade que devemos cultivar e seus frutos não honrarão a Deus e tampouco satisfarão nossa fome por reconhecimento. Fazer o bem deve nos ensinar a ser bondosos e assim será, se fizermos o bem para o bem do outro e não para nosso próprio benefício. Inspirados por Jesus, façamos o bem. Enquanto temos tempo, façamos bem a todos! (Gl 6.10). Sem segundas intenções!
ucs