Você está em forma, faz exercícios físicos, se alimenta bem, não fuma e, com 67 anos, como eu, ainda está relativamente ótimo. Mas chega um momento em que todos nós precisamos aceitar que nosso ritmo começa a diminuir. O mundo imperceptivelmente começa a ficar mais lento: no raciocínio, nos reflexos, na memória e na forma de caminhar. Precisamos passar pela fase intermediária, vivenciar a energia ainda bela do corpo, mas aqueles que não se cuidam, fazendo exercícios, controlando a alimentação, fazendo check-up anuais, provavelmente terão turbulências desconhecidas em idades avançadas se não morrerem antes. Aprender um jeito novo de viver, para começar, é sempre incômodo. Sinto que a vida de todos nós é uma luta constante. Nossa vida passa depressa, como se esvaziasse um copo do qual se desfruta cada gole. Precisamos de saúde para ter alegria no viver, pois para mim, não há nada mais divino ou que inspire a crença em algum poder maior do que a natureza, a vida ao ar livre. E se você estiver num hospital ou doente em casa, perde o divino, perde o encanto da vida.
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