Candidata acredita que crescimento da presidenciável possa impactar positivamente a candidatura do PSB ao governo do estado
Em entrevista ao jornal Bahia Meio Dia nesta quarta-feira (17), a candidata ao governo do estado pelo PSB, Lídice da Mata, rebateu a associação entre a queda do índice de intenções de votos e o suposto “desagrado” do eleitorado por suas propostas.
De acordo com a última pesquisa Ibope, divulgada na quarta-feira (11), Lídice segue em queda: de 11% na primeira pesquisa para 9% na segunda e 6% nesta terceira. “A campanha tem suas regras e nós temos uma candidatura que está querendo quebrar essas regras, principalmente no que se refere ao financiamento”, argumentou. A candidata disse ainda que para perceber a diferença entre cada partido e campanha “basta ver a quantidade de placas do DEM e do PT na rua” e “os minutos que cada um tem na TV”. Para reverter o pouco tempo de exposição, a candidata afirmou que tem buscado contato direto com o eleitorado principalmente via redes sociais.
Lídice da Mata comentou ainda o crescimento de Marina Silva (PSB) na Bahia. Para ela, a candidatura de Marina à presidência “surge em um cenário e impacta na desorganização do jogo já dado de disputa em PT e PSDB”. Lídice acredita ainda que o crescimento da presidenciável na Bahia possa impactar positivamente a candidatura do PSB ao governo do estado e diz que não há descompasso entre as intenções de voto do PSB regionalmente. “Uma coisa não tem a ver com outra. Marina surge nas eleições após a morte de Eduardo e, ano passado, mesmo sem candidatura, já rentabilizava 20%. Marina vem como uma tsunami, uma onda gigantesca”, comparou. Neste sábado (20), a candidata Marina Silva irá cumprir agenda em Salvador e fará um comício em Cajazeiras.
Durante a entrevista, Lídice também comentou o índice de rejeição de 21%, o terceiro maior entre os candidatos. “Isso é natural, as mulheres se definem por último no processo eleitoral. Depois tem uma certa frustração do eleitor com o ambiente político. Além disso, o meu índice é mais ou menos semelhante ao de todos os outros dois principais candidatos”, afirmou.
Sobre os temas que receberão maior investimento durante a sua gestão, a candidata afirmou que três coisas têm de estar unidas . “A primeira ação é colocar para funcionar a rede pública de saúde, estamos lidando com vidas que podem ser salvas. Logo após, reunir a Secretaria de Educação para começarmos a organizar a educação no estado. Essa é a minha prioridade no governo, pois impacta na saúde, na segurança e no desenvolvimento. Por último, a implantação do Pacto pela Vida, com a retomada do diálogo com as polícias Civil e Militar”, sintetizou.
Ainda sobre a violência, a candidata disse que a dificuldade em solucionar os problemas do tráfico de drogas se deve ao fato de essa ser uma questão recente. “Nós nunca tivemos um tipo de crime que impactasse tanto na vida da população. Nós vivemos uma epidemia na saúde pública por conta da dependência química. O tráfico se sustenta na pobreza, se sustenta na desigualdade social. Basta olhar o mapa da violência no Brasil para perceber que a maioria das vítimas são jovens, negros, moradores de periferia, com idade entre 17 e 28 anos”.
Fonte: Correio