As eleições deste ano terão o maior número de eleitores que completaram o ensino médio desde que o Tribunal Superior Eleitoral começou a compilar dados sobre a escolaridade dos votantes em eleições gerais, no ano de 2014. Em 2022, serão 58,2 milhões de eleitores que terminaram o ensino básico, que contempla o ensino fundamental e o médio.
Entre eles, 17,1 milhões também completaram o ensino superior, e 41,1 milhões, apenas o ensino básico.
Além dos números absolutos, a proporção de votantes com ensino básico completo também é a maior da série histórica. Neste ano, o grupo de eleitores representa 43,41% do eleitorado.
- 2014: 31,8 milhões – 22,32%
- 2018: 47,1 milhões – 32,86%
- 2022: 58,2 milhões – 43,41%
Avanços na educação básica
Nas últimas eleições gerais, a categoria que representava mais eleitores, também com cerca de 26%, era a dos que não completaram o ensino fundamental.
Em 2022, essa fatia reúne pouco menos de 23% dos votantes, na segunda colocação. Nos três pleitos anteriores, esse era o grau de escolaridade com maior incidência.
Na terceira colocação, estão aqueles que concluíram o fundamental, mas não concluíram o ensino médio, pouco acima de 16%.
O percentual dos eleitores com superior completo neste ano 10,95% também é o maior já registrado. Há quatro anos, o índice era de 9,22%. Em números absolutos, são quase quatro milhões a mais de graduados.
Reflexo discrepante entre candidatos
A proporção de eleitores com ensino superior completo é cerca de cinco vezes maior do que a de eleitores. Entre os postulantes a cargos eletivos, 54,68% concluíram o ensino superior, de acordo com os registros do TSE
Com relação aos que declararam ter completado o ensino médio mas não têm ensino superior, a proporção entre eleitores e candidatos é similar – pouco mais de um quarto dos postulantes a cargos públicos se encaixam no quadro.
No caso dos eleitores, há uma distribuição maior entre os diferentes níveis educacionais.
Enquanto mais de 16% dos eleitores não concluíram o ensino médio, são menos de 3% dos candidatos; se 7% dos eleitores sabem ler e escrever, é o caso de cerca de 1% dos candidatos. Distorções entre os dados da população e daqueles que pretendem representá-los na política também são encontradas em outros recortes.
Fonte: CNN Brasil