A campanha de José Serra (PSDB) à Presidência deixou um rombo de R$ 9,65 milhões para o PSDB quitar. O PT, que não havia divulgado até as 18h de ontem o balanço de receitas e despesas, há uma semana tentava reduzir à metade a dívida de cerca de R$ 20 milhões da campanha de Dilma Rousseff.
O custo total desta eleição já é 42% maior se comparado ao de 2006, mesmo sem as contas finais de Dilma, Serra e dos 18 candidatos a governador – que têm até hoje para entregar o balanço ao TSE (Tribunal Superior Eleitoral).
Sema contabilização de dados do segundo turno, as eleições proporcionais mais caras ocorreram, em Roraima, onde os candidatos investiram em média R$ 96,30 por eleitor. São Paulo, Minas Gerais e Rio de Janeiro foram os estados que mais gastaram, em valores absolutos, para eleger seus representantes.
Custo do voto Os três maiores colégios eleitorais do País também foram os que tiveram maior número de candidatos. O custo do voto em São Paulo foi de R$ 15,91; em Minas, de R$ 23,18; e no Rio, R$ 18,26. Os 16.683 políticos que prestaram contas ao TSE declararam uma despesa total de R$ 2,7 bilhões, média de R$ 20,41 por voto.
O levantamento excluiu despesas de quem disputou o segundo turno e dos comitês financeiros de campanhas e partidos.
Neste ano, o gasto total das campanhas para presidente, governador, senador, deputado federal e estadual ultrapassará os R$ 3 bilhões. Em 2006, os candidatos gastaram cerca de R$ 1,9 bilhão, e, em2002, as despesas ficaram em R$ 1,1 bilhão, valores corrigidos pelo IPCA.
Os gastos de Serra, orçados inicialmente em R$ 180 milhões, se aproximaram dos R$ 120 milhões, de acordo com Márcio Fortes, um dos responsáveis pela contabilidade do tucano. O maior volume de despesas foi relacionado à comunicação da campanha.
A dívida de R$ 9,65 milhões é bem menor do que a herdada da campanha de Geraldo Alckmin à Presidência em 2006, que terminou com déficit R$ 19,5 milhões – valor já quitado. A estimativa de gastos da campanha de Dilma era, na semana passada, de R$ 170 milhões. O teto era de R$ 191 milhões.
Fonte: A Tarde