Educação e política, faces e interfaces

“O futuro tem vários nomes. Para os fracos e covardes, chama-se Impossível. Para os comodistas, Inútil. Para os pensadores e os valentes, Ideal”, Victor Hugo (1802-1885).

Pensar Educação e formular o futuro de gerações é um verdadeiro dom – de magnitude tamanha capaz de colocá-la acima de todas as prioridades imagináveis – indo, inegavelmente, ao encontro das medidas voltadas para o desenvolvimento integrado do País. Nessa percepção, como objetivo geral, há que se associarem inúmeras variáveis confluentes para um amanhã, num projeto indutor incluindo regiões, estados e, pelo somatório, a Nação, imaginando-se um futuro de grandeza e bem-estar social, econômico e político.

Em síntese, pensar grande a Educação é o desafio maior antevisto para o Gigante de mais de 200 milhões de habitantes, numa dimensão territorial de múltiplas facetas e componentes sociais, de forma a transformá-lo para um plano harmônico, integrado e de componentes outros aliados à futura e necessária cidadania mais ampla.

Quantos países no mundo possuem as potencialidades, grandeza territorial, unidade linguística, condições edafo-climáticas, estabilidade institucional, comparáveis às do Brasil? Mas, por outro lado, quantos apresentam os gigantescos problemas da saúde e segurança pública, isto aliado às constantes crises do viver institucional brasileiro, do sobe e desce de sua economia e do fenômeno da descrença das pessoas no futuro, inclusive em relação às autoridades atuais representativas do poder público, em seus diferentes níveis?

No entendimento idealizado de que Educação é a porta aberta da caminhada para um amanhã diferenciado, a ação política há que percebê-la em seus componentes mínimos de nobreza de que se reveste, prioritariamente estabelecendo o seu espaço como norte axiomático para o desenvolvimento integrado da Nação, como sói ocorreu com os países considerados desenvolvidos.

A priori, pelos resultados perversos constantes em indicadores que apontam o descalabro administrativo na saúde nacional, em quaisquer dos seus níveis, da segurança, do desemprego ou, ainda, dos milhões de analfabetos, inclusive dos analfabetos funcionais (que não leem ou interpretam um texto simples) torna-se fácil a percepção das faces e interfaces

(ainda equivocadas) que permeiam a Educação pátria e a política vigente, quando esta é concebida com propósitos de administrar os bens da nacionalidade, em proveito da gente brasileira.

Povo sem educação possibilita gestor incompetente, pois este despreparado da arte de administrar e ainda mais desprovido de formação ética transforma-se em “dono e senhor” do bem público, incapaz, portanto, de perceber a grandeza dos seus encargos e o significado da coisa pública, como bem coletivo. Todas as grandes nações, independente dos sistemas políticos adotados, sempre se voltaram para a Educação como passo transformador número um de suas nascentes gerações. Perceberam estas como projetos humanos condutores futurísticos de suas comunidades, em todos os níveis da complexidade humana para o advir consequente e, daí, pela escolha prioritária e organizada do preparar as gerações do amanhã para os embates da existência, como um real objetivo de qualidade de vida e harmonia social. Estabeleça-se, por conseguinte, a Política Educacional como matriz geradora do desenvolvimento que todos aguardam!

 

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