O ex-secretário de Governo e Comunicação de Porto Seguro, Extremo Sul da Bahia, Edésio Ferreira Lima Dantas (foto), disse em depoimento ao juiz Roberto Freitas, titular da Vara Crime local, na segunda-feira (19/7), que não tem qualquer envolvimento com o assassinato dos professores sindicalistas da APLB, Elisney Pereira Santos, 31 anos, e Álvaro Henrique Santos, 29 anos, ocorrida na zona rural da cidade, em 17 de setembro de 2009.
Edésio é apontado pelo Ministério Público da Bahia (MP-BA) como mandante do crime que chocou a cidade e toda a Bahia. O depoimento do ex-secretário durou mais de duas horas. “Fizeram comigo um assassinato político”, disse o ex-dirigente do PSB estadual.
A acusação do Ministério Público se baseia em depoimentos de três supostos traficantes – Inamar Pereira Santos, Marcelo Santos da Fonseca (Marcelo Caolho) e João D’Ajuda Cardoso Filho – que apontaram ainda três policiais militares como participantes do crime dos professores e envovimento no assassinato de Antônio Marcos dos Santos, 21 anos, que era motorista de Edésio. Para o MP-BA houve queima-de-arquivo.
Dois funcionários da prefeitura local também estão indiciados e foragidos, desde que as prisões dos acusados foram decretadas, em fevereiro: Antônio Andrade dos Santos Júnior, 22 anos e Danilo Costa Leite, 24 anos.
As audiências dos acusados continuam no Fórum de Porto Seguro, hoje e amanhã. Ontem o soldado da PM, Sandoval dos Santos, 37 anos, também foi ouvido. Ele negou todas as acusações feitas contra ele. Edésio continua preso na sede da Polinter, em Salvador. Os três policiais militares acusados de envolvimento no crime estão custodiados no Batalhão da PM em Porto Seguro.
Fonte: Rede Imprensa Livre, com informações do jornal A Tarde