É preciso renascer

“Digo-lhe a verdade: Ninguém pode entrar no Reino de Deus, se não nascer da água e do Espírito.” (João 3.5)

Criamos o nosso próprio reino e desenvolvemos nosso próprio estilo de vida. Seguimos nossas lógicas e nosso coração. Não é de Deus a responsabilidade pelos desmandos, dores e crises de nosso mundo. É nossa. E esta é apenas parte da história. Ao criarmos nosso próprio reino para nele sermos soberanos e livres, vivendo como bem entendemos, nos tornamos prisioneiros dele. Sonhamos com a liberdade mas criamos uma prisão. Por isso Deus interveio. Ele nos amou e veio a nós. Jesus disse: “Eu sou a porta” (Jo 10.9). Precisamos ser resgatados e levados para o Reino de Deus. É nele que somos livres! Não podemos ir para o Reino de Deus por conta própria, sozinhos. Deus deseja nos levar ao Seu Reino e nos tornar parte dele. Mas será preciso renascer.

Jesus descreveu esse outro nascimento como sendo o nascimento da água e do Espírito. O que isso significa? Nascer na água significa arrepender-se. Não no sentido de “entristecer-se”, mas de “desistir e recomeçar”. Você estava descendo a escada e arrepende-se. Não é o caso de você continuar descendo e sentir-se triste, mas parar de descer, mudar de direção e começar a subir. Não podemos mudar nossa vida, mas podemos buscar aquele que pode muda-la. Não podemos apagar nossas faltas, mas podemos pedir o perdão daquele que perdoa pecados. Vivendo no reino dos homens nos acostumamos a viver esquecidos de Deus. Arrepender-se e voltar-se para Deus é decidir jamais esquecer-se dele novamente. E nos lembrarmos dele como o Deus que nos ama e escolher conhecer, buscar e receber este amor.

Nascer do Espírito fala de comunhão, de proximidade com Deus. Porque Ele nos ama, somos chamados a nos aproximar com confiança e a conviver com Deus. O renascer que nos permite entrar no Reino inaugura o envolvimento de Deus com nossa vida. Ele se dá a nós! Ele entra no nosso mundo pessoal, habita conosco e se revela a nós. Ele realiza algo, uma obra, nas palavras de Paulo (Fl 1.6), e vamos nos tornando pessoas novas. As melhoras de Deus não nos fazem orgulhosos ou prepotentes. Elas nos fazem humildes e servos, como Jesus. Elas não nos fazem anjos, nos fazem seres humanos. Ainda limitados, imperfeitos, mas reorientados na vida: aprendendo a desfrutar o amor de Deus e amando, tanto a Deus como às pessoas. O que precisamos não é de uma melhoria, é de um recomeço!

 

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