É preciso crer para ver

“Naquele mesmo dia, dois deles estavam indo para um povoado chamado Emaús, a onze quilômetros de Jerusalém. No caminho, conversavam a respeito de tudo o que havia acontecido. Enquanto conversavam e discutiam, o próprio Jesus se aproximou e começou a caminhar com eles; mas os olhos deles foram impedidos de reconhecê-lo.” (Lucas 24.13-16)

Após um dia bem agitado, em que algumas amigas haviam dito que o corpo de Jesus não estava do sepulcro e de o amigo Pedro ter ido pessoalmente conferir a história, e tendo voltado admirado de que realmente o túmulo estava vazio, dois dos discípulos deixaram Jerusalém em direção Emaús, ainda dominados por dúvidas e desânimo. Foi uma caminhada de cerca de duas horas em que eles partilharam seus sentimentos. Eles estavam decepcionados. Seus corações e mentes estavam presos ao martírio, morte e sepultamento de Jesus, embora já fosse o dia da ressurreição e os sinais fossem evidentes.

Jesus então surge e caminha próximo a eles. O texto dá a entender que um tipo de cegueira impedia que eles o reconhecessem. Jesus lhes era familiar e certamente poderiam reconhecê-lo, mas havia um impedimento imposto a eles. Ao que parece, um impedimento sobrenatural. Não crer nas palavras de Jesus sobre sua morte e ressurreição era a razão daquele impedimento. Mas não se tratava de uma punição. Era uma condição. Uma condição que também se estabelece em nossa vida. Ficamos impedidos de ver o que está diante de nós, por não crermos nas palavras de Jesus. Era Jesus quem estava com eles, mas eles viam um simples estranho, um viajante.

Nossa grande luta e desafio está em crer naquilo que Jesus disse e fez. Enquanto não cremos não percebemos quão perto Deus está e quão amados somos. Não percebemos quanto Deus tem feito por nós e nem o que está fazendo. Por não crermos, compreendemos equivocadamente as circunstâncias e nos sentimos confusos, derrotados, sozinhos, injustiçados e até perguntamos: será que Deus me ama? Mas é certo que Ele sempre se aproxima, ainda que não nos permita ver claramente. E então, trabalha conosco para que possamos superar nossa falta de fé. Não é vendo que cremos, é crendo que vemos!

 

 

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