E nós, ó…

2010 não tem sido um ano bom para a cultura. A morte de Saramago, o grande escritor da língua, foi mais um golpe para quem aprecia a grande literatura, os escritos dos deuses.

Na humilde biblioteca desse escriba, Saramago mora ao lado de Eça de Queiroz, Cesário Verde, Camões, Pessoa e Miguel Torga.

 

Uma pena, mas as ideias de Saramago viverão eternamente.

Não Entendimento

Por não entender a cabeça de editores e outros burocratas dentro de um jornal, esse escriba vai pairar, de agora em diante, muito mais, em temas de literatura e cultura ao invés de temas políticos. Esses existirão, mas apenas os óbvios.

Até o dia em que os territórios sejam claramente delimitados.

Paulinho

Esse escriba conversou com um morador de Mucuri e teve notícias alvissareiras da atuação do prefeito Paulinho. Apenas um exemplo: em gestões anteriores, havia mais de 400 carros locados à Prefeitura, quase todos sem identificação. Hoje, são 17, todos plotados, o que evita a enxurrada de veículos em praias, em festas e outras atividades, digamos, alienígenas ao serviço público. Essa prática descontenta os mamadores de sempre, segundo o morador.

Faz sentido.

Canteiros

Não estamos falando aqui dos Canteiros de Fagner, música do maior agrado do público. Estamos falando doa canteiros da cidade mui amada de Texas. Todos deteriorados, mato alto crescendo como se a casa municipal estivesse abandonada, um horror, enfim. Nem o centro da cidade está preservado. Será que limpeza e estética custam tão caro?

O povo acha que não.

Praça Da Bíblia

Excelente idéia a de se criar, naquele espaço inútil da Praça da Bíblia, uma Praça de Alimentação. Como a cidade não tem espaços públicos, ali virou um. Só gostaríamos de uma explicação: será que nessa malfadada cidade, o Paraguai vai tomar conta de tudo? As bancas de CDs e DVDs piratas já chegaram lá. Não basta a rodoviária velha? Não chega o mercadão? O centro da cidade precisa também se render ao valhacoutismo itinerante de camelôs? E as máfias que exploram esse comércio, jamais serão combatidas? Uma coisa é preservar os meios de subsistência de pessoas carentes, outra é compactuar com a sujeira e a intrujice. Pior: há agentes públicos que recebem das máfias para ficarem de olhos fechados à exploração. Onde está a sociedade civil organizada que não vê isso?

Onde está a fiscalização?

Novos Sinais?

Por várias vezes protestamos aqui que o cidadão teixeirense, quando assassinado, morre duas vezes: uma na mão do criminoso e outra na investigação policial. Expliquemos: o assassinato tira a vida física da pessoa. As insinuações policiais de que essa pessoa estava envolvida com o tráfico e por isso teve a vida tirada, mata a reputação de quem morreu. Parece que a coisa está mudando. Um rapaz foi assassinado no Liberdade 2, com 4 tiros, caso de execução sumária e a polícia não levantou, pelo menos ainda, pelo menos não na hora, a hipótese de envolvimento com o tráfico de drogas. Entendemos que ela deve fazer isso depois que as investigações provarem tal envolvimento; antes, não. Vai que, investigado o crime, o cidadão assassinado não tenha, em sua vida, tido qualquer envolvimento com as drogas. Como fica a reputação dele e da família? E a presunção de inocência, um dos preceitos basilares da democracia?

Tomara que isso tenha sido o início de uma mudança de mentalidade e não apenas um episódio fortuito.

 

Miopia mental ou amnésia?

Claro está que não há o que justifique os níveis de violência no Brasil e na Bahia. O que não pega é determinados políticos, ontem governantes e hoje candidatos, denunciarem essa violências como se no seu tempo vivêssemos no melhor dos mundos, em completa e álgida paz. Dá para lembrar o vexame da polícia de Teixeira chegando a Ibirapuã, depois de um assalto a um banco naquela cidade. A polícia mineira também chegou, com viaturas novas e brilhantes, já que o mesmo bando havia praticado assaltos em território das Alterosas. Uma das nossas viaturas, em melhor condição que as outras, tinha a porta amarrada com uma embira.

Agora é fácil esquecer.

 

Brasil, sil, sil…

Até com certa facilidade, o Brasil ganhou da Costa do Marfim. 3 x 1, sem apelação e com uma boa (não ótima) exibição do selecionado caboclo.A vitória motivou editorial da Globo, que teria sido gozada por Dunga, em entrevista depois do jogo. Claro que Dunga está certo, pois a Globo o odeia. Quer que o Brasil seja campeão (business is business), mas quer arrasar com Dunga, que acabou com a mordomia das exclusivas da Vênus Platinada na seleção. Não foi de graça que, na hora de comemorar o seu segundo gol, Luiz Fabiano tenha corrido para a Band e falado com Fernando Fernandes. À noite, a Globo, depois do jogo, em sua roda de comentários, a atuação de Fabiano (bestamente chamado de Fabuloso por Cala a boca, Galvão), já era taxada apenas de razoável e o lance do segundo gol tido como irregular.

Cala boca, Globo.

 

Saramagueando

“O amor é a única força capaz de vencer a morte”.

 

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