Hamilton Farias de Lima,prof.Titular, ex-Diretor da Uneb.
“Natal, minha criança, é amor em ação. Toda vez que nós amamos, toda vez que nós damos, é Natal.” Dale Evans Rogers, (1912-2001) Aproximam-se os dias finais de dezembro e, com eles, a data maior da Cristandade- o Natal – momento de reflexões por tudo que inspira, principalmente no mundo ocidental.
De imediato, assoma à memória uma visão de espaço físico dos mais simples e humilde , na figura pitoresca de uma manjedoura, onde a figura principal – como foco de luz a tudo iluminar – está representada por uma criança, de braços abertos, como a dizer : vem ao meu encontro, cheguei, abraça-me com o teu carinho !
É a expressão comovente da Esperança, no significado do Novo a concretizar-se nas futuras Provações do Cristo , pela Salvação do homem , através do Seu Sacrifício !
A cena revelada por aquele lugar, ainda mais com José, Maria, os três Magos vindos do Oriente, assistidos por alguns animais, é de tal natureza bela e respeitosa que a todos comove e enternece naquilo que se concretiza por espírito natalino, fé e religiosidade !
Os séculos passaram, e já se vão mais de dois mil anos de uma história assentada em ambiente de simplicidade , onde a crença supera o mito e a fé permanece inalterada , perpetuando-se no tempo. Por que o homem ainda, e cada vez mais, projeta o Natal como época e espaço para se questionar valores morais, religiosidade e amor ao próximo, cujo axioma máximo é a Fraternidade ?
A fé tem natureza especial, e por certo nela há o componente inspiracional próprio da intimidade de cada um , assim é um dom que assiste a poucos escolhidos pela onisciência do Ser Superior. É no Natal que se acendram os momentos da fé cristã, quando o homem, momentaneamente, abdica do seu egoísmo e se volta especialmente para sua família é, às vezes, para o outro .
São Francisco de Assis, na sua Oração da Paz, revelou seu amor pelos homens e crença no Ser Superior. Por que não oferecê-la a todos, como presente de Natal ?
“Senhor! Fazei de mim um instrumento da vossa paz.
Onde houver ódio, que eu leve o amor.
Onde houver ofensa, que eu leve o perdão.
Onde houver discórdia, que eu leve a união.
Onde houver dúvidas, que eu leve a fé.
Onde houver erro, que eu leve a verdade.
Onde houver desespero, que eu leve a esperança.
Onde houver tristeza, que eu leve a alegria.
Onde houver trevas, que eu leve a luz.
Ó Mestre, fazei que eu procure mais:
consolar, que ser consolado;
compreender, que ser compreendido;
amar, que ser amado.
Pois é dando que se recebe.
É perdoando que se é perdoado.
E é morrendo que se vive para a vida eterna.”
Pois que, assim, seja : Feliz Natal e Prospero Ano Novo !