Duas novas usinas consolidam extremo sul baiano como polo sucroalcooleiro

A inauguração das usinas da União Industrial Açucareira Limitada (Unial) e da Infinity Bio-Energy (Ibirálcool), nos municípios de Lajedão e Ibirapuã, respectivamente, nesta segunda-feira (17), oferecerá a oportunidade de trabalho formal para cerca de três mil pessoas, no plantio, nas fábricas e em outros setores da cadeia produtiva do etanol.

Juntas, as duas unidades representam um investimento inicial de R$ 300 milhões e transformam o Extremo Sul da Bahia em um polo sucroalcooleiro. Segundo o governador Jaques Wagner, a região está se consolidando com a coragem dos empreendedores que estão acreditando e apostando na atividade, com a qualidade da mão de obra e com o apoio do Governo do Estado.

“Nós estamos ampliando a produção de etanol, que a Bahia ainda importa 70% do que consome. Como eu quero trazer para cá também o plástico verde, nós vamos precisar muito do álcool para suprir o mercado baiano”, afirmou Wagner.

Oportunidade

O governador enfatizou que as novas unidades se juntam a duas outras que já atuam na região e que a partir de agora, “temos um complexo de quatro usinas. Espero que a gente continue crescendo, gerando emprego, melhorando a qualidade de vida e a economia baiana”.

Técnico de segurança, Douglas Lopes, 21 ano, disse que na Unial ele pode crescer na profissão. “Eu comecei aqui como operador de painel. Fiz o curso e estou atuando na minha área já há seis meses, como técnico de segurança”.

Outra pessoa que teve oportunidade de ascensão profissional é o tratorista Ueliston Gonçalves, 25 anos. “Eu trabalhava com serviços gerais, levantava peso, mexia com cerca, pegava na enxada. Trabalhando como tratorista, fico só no volante. Tem um barulho do trator, mas a gente coloca um abafador, que a empresa dá, então, é melhor’.

Empresas querem expandir produção de etanol

O presidente da Infinity, Douglas Oliveira, afirma que o extremo sul da Bahia foi escolhido por causa das características da região, que proporcionam a quantidade necessária de açúcar concentrado na cana, a mão de obra qualificada e disponível e a logística. “Temos entrada da cana de açúcar e localização estratégica para atender aos mercados consumidores próximos a esta região”.

Para Oliveira, outro benefício da região é o apoio do governo baiano. “Queremos que o Estado continue sendo facilitador, para que nós possamos investir mais R$ 400 milhões, elevar a capacidade de moagem de 1,2 milhões para 3,5 milhões de toneladas, triplicar a capacidade de geração de empregos, cerca de mil diretos e três mil indiretos, e possamos chegar, em quatro anos, com quatro mil empregos diretos e mais de 12,5 mil indiretos”, adiantou.

Segundo o secretário da Indústria, Comércio e Mineração, James Correia, o Estado tem o papel de ajudar na estruturação do negócio. “Isso envolve do licenciamento ambiental do projeto ao financiamento. Então, o Governo do Estado participou deste processo desde a sua origem e hoje vê o resultado se consolidando aqui com esta parceria com os setores privados”.

Fonte: Secom

DEIXE UMA RESPOSTA

Por favor digite seu comentário!
Por favor, digite seu nome aqui