A Organização Mundial de Saúde (OMS) define droga como sendo toda substância, natural ou sintética, capaz de produzir em doses variáveis os fenômenos de dependência psicológica ou dependência orgânica.
De modo geral, podem-se dividir as drogas em substâncias ilícitas e lícitas. As drogas ilícitas são substâncias psicoativas ou psicotrópicas cuja produção e comercialização constituem crime, como a maconha, inalantes/solventes, cocaína, crack, dentre outras. As drogas lícitas são substâncias psicoativas ou psicotrópicas cuja produção, comercialização e consumo não constituem crime, destacando-se o álcool e o tabaco.
O dependente sufoca a ressaca, afogado na boca cinzenta e azeda como num cesto de roupa suja. Este é o preço pago pela droga consumida, porque a droga tem o segredo que afoga a náusea, o vômito, a acidez desse vinho escuro injetado nas veias, o estômago a brecar e a gemer, o vazio insuportável. A náusea que se instala expulsa a razão, amedronta as palavras. O dependente faz coisas que não quer, não precisa, não deseja, como roubar, uma espécie de morte incluída no serviço de buffet, a cada dose se morre um pouco.