Na quarta-feira, 10 de fevereiro, o jornal OSollo ouviu a delegada Valéria Fonseca Chaves, coordenadora da 8ª Coordenadoria de Polícia do Interior (Coorpin), sediada em Teixeira de Freitas, em uma entrevista exclusiva.
Na ocasião, a delegada fez um balanço das atividades desenvolvidas pela Polícia Civil, na região Extremo Sul, durante 2020 e início de 2021. Além disso, abordou a influência do contexto de pandemia nas ações da instituição.
Pandemia
De acordo com a coordenadora da 8ª Coorpin, o surgimento da pandemia do novo coronavírus, no mês de março de 2020, repercutiu no desempenho de funções da Polícia Civil e elencou ocorridos.
“Alguns dos nossos servidores foram infectados, tiveram que se afastar. Teve delegacia com a maioria de seu quadro contaminada. Isso atrapalha o trabalho da polícia, mas, em nenhum momento, fechamos alguma unidade. Todos continuaram trabalhando, embora de forma reduzida“, disse a dra. Valéria.
A delegada pontuou ainda que alguns servidores entraram em trabalho remoto devido ao enquadramento em grupos de risco.
Balanço
São 13 municípios atendidos pela 8ª Coorpin, sendo 14 delegacias, incluindo a Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher (Deam), instalada em Teixeira de Freitas.
Embora as unidades tenham enfrentado as dificuldades de um ano atípico, em 2020, foi observada como dado mais expressivo a redução de 10,3% em crimes violentos letais intencionais (CVLIs), com relação a 2019 – acima da média do estado, que é de 6%.
Em números absolutos, em 2019, foram 233 homicídios na área de responsabilidade da 8ª Coorpin. Já em 2020, foram 209 CVLIs (24 a menos).
O ano de 2021
Em 2021, tomando como referência o mês de janeiro, foram registrados 29 homicídios (nove a mais que no mesmo período do ano passado).
As ocorrências principais envolvem tráfico de drogas, discussões de bar, crimes passionais e, ainda, latrocínio. Segundo a delegada, em 18 dos 29 homicídios ocorridos em janeiro, já foram elucidadas a autoria e a motivação, sendo necessários trâmites de finalização do inquérito.
“Pedimos que a sociedade confie na Polícia Civil, denuncie anonimamente através do Disque 197. Também, podem nos procurar diretamente na delegacia, sem se identificar, seja a mim ou os demais colegas delegados. Ou mesmo comentar nas notícias, nos sites, que a gente acompanha. Passar tais informações nos ajuda muito“, concluiu a coordenadora da 8ª Coorpin, dra. Valéria.