A vacinação contra o novo coronavírus poderá ser periódica, segundo Dimas Covas, diretor do Instituto Butantan. Covas ainda não sabe se será necessária a imunização anual, como ocorre com a H1N1, ou com outro espaço de tempo, mas ele aposta que a vacina precisará ser incluída nas campanhas federais de imunização.
“Serão necessárias vacinas periódicas se o vírus permanecer. Acho que ele vai permanecer, por uma razão muito simples. Nós temos coronavírus circulando e não é a primeira vez que a gente encontra o coronavírus. Agora no inverno, muitas pessoas vão ter um tipo de resfriado definido por um coronavírus. É um coronavírus que hoje é muito pouco patogênico”, explica Covas em entrevista.
O diretor do Butantan ainda disse que há três tipos de coronavírus e que não há novidade na ciência de recorrência de infecção pelo vírus. Ele também afirmou que não é possível erradicá-lo.
“A pessoa pega esse resfriado por esse coronavírus, desenvolve uma imunidade contra ele, passa algum tempo, essa imunidade cai, e aí no outro ano pega de novo esse mesmo coronavírus. […] Com esse novo coronavírus pode ser que aconteça a mesma coisa, daí a necessidade da vacinação periódica”, pontua.
Covas também explica que as vacinas ainda estão na fase inicial de desenvolvimento, apesar dos imunizantes estarem prontos. Segundo ele, após a imunização mundial existirá um espaço de tempo para o desenvolvimento tecnológico para o aperfeiçoamento dessas vacinas.
Fonte: Bahia.ba