Nesta segunda-feira, 15 de agosto, é celebrado o Dia da Gestante, data dedicada à atenção e cuidados durante a gravidez. Em referência a data, a Sociedade Brasileira de Diabetes (SBD) divulgou um alerta para a diabetes mellitus gestacional, que afeta 18% das gestações no Brasil, tornando um dos momentos mais especiais da vida de algumas mulheres em um pesadelo.
Segundo informações, a diabetes gestacional ocorre porque, em algumas mulheres, o pâncreas não funciona direito na gestação. Normalmente, o órgão produz mais insulina que o habitual nesse período para compensar os hormônios da placenta que reduzem a substância no sangue. No entanto, em algumas gestações, o mecanismo de compensação não funciona, elevando as taxas de glicose.
A condição é temporária sendo gerada pelas mudanças no equilíbrio hormonal durante a gravidez. Porém, o problema pode causar complicações tanto para a mãe como para o bebê. No curto prazo, a doença pode estimular o parto prematuro e até a pré-eclâmpsia. O bebê pode nascer acima do peso e sofrer de hipoglicemia e de desconforto respiratório.
A condição normalmente desaparece após o parto, mas pode deixar sequelas duradouras. As mulheres com o problema têm mais chance de progredirem para a diabetes mellitus tipo 2. As crianças também têm mais chances de desenvolverem a doença e de serem obesas.
Recomendações do SBD
Como nem sempre os sintomas são identificáveis, a SBD recomenda que todas as gestantes pesquisem a glicemia de jejum no início da gestação e também a partir da 24ª semana de gravidez (início do 6º mês). Elas também devem fazer o teste oral de tolerância à glicose, que mede a glicemia após estímulo da ingestão de glicose.
Entre outras orientações, estão o pré-natal e a importância de manter uma alimentação saudável. Se não houver contraindicação do obstetra, exercícios físicos moderados também devem fazer parte da rotina.
Diabetes gestacional no mundo
Em todo o mundo, o problema afeta cerca de 15% das gestações, segundo a International Diabetes Federation, o que representa 18 milhões de nascimentos por ano. No entanto, a prevalência varia conforme a região, indo de 9,5% na África para 26,6% no Sudeste Asiático. No Brasil, estima-se que a prevalência seja de 18%.
- história familiar de diabetes mellitus;
- glicose alterada em algum momento antes da gravidez;
- excesso de peso antes ou durante a gravidez;
- gravidez anterior com feto nascido com mais de 4 quilos;
- histórico de aborto espontâneo sem causa esclarecida;
- hipertensão arterial;
- pré-eclâmpsia ou eclampsia em gestações anteriores;
- síndrome dos ovários policísticos;
- uso de corticoides.
Fonte: Olhar Digital