De dia, o sol é meu, a chuva também, eu percebo a dramática fragilidade deste dia, com ponte caindo, acidentes e calor e chuvas intensas, não é como o Natal da minha infância. Naquela época, o tempo era lento, as ruas silenciosas, as tardes vazias, e as pessoas se visitavam, em busca de alguma verdade que explicasse suas vidas. Então, o Natal era encantado, com os encontros, mas hoje existe uma felicidade sufocada, pela loucura da fluidez do momento, onde vivemos essa liberdade desagregadora, vivemos o medo das ruas, das balas perdidas, afetando o espírito de Natal.
João Misael Tavares Lantyer