Dezembro

Dezembro

Um ardente e efêmero verão começou. Os dias quentes, por longos que são, extinguiam-se como bandeiras incendiadas; às curtas e abafadas noites de lua seguiam-se curtas e abafadas noites de chuva; velozes como sonhos e repletas de imagens, e neste mês, existe o poder do Natal, e a possibilidade de encontramos não o mundo cotidiano racional, mas palavras e sentimentos que estão perdidas dentro de nós, sendo muito difícil aceitarmos a ideia de que nos tornaremos simples punhados de pó, e por isso queremos nos transformar em palavras de conexão com o próximo. Um sopro na boca dos outros.

João Misael Tavares Lantyer

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