O procurador-geral da República, Augusto Aras, tem uma lista de dez novos acordos que miram, entre outros setores, parlamentares do Congresso Nacional e esquemas de corrupção nos estados. Em algumas situações, inclusive envolvendo o Poder Judiciário.
Segundo o jornal O Globo, nenhuma dessas novas delações seria desdobramento das investigações da Lava-Jato em Curitiba, da qual procuradores têm sido alvo de críticas por parte de Aras.
É calculado um total de cerca de dois bilhões de reais a serem recuperados aos cofres públicos com os novos acordos.
Conforme a reportagem, o acordo de maior valor fechado pela PGR É com o acionista do grupo Hypera Pharma (antiga Hypermarcas) João Alves de Queiroz Filho, o Júnior: um bilhão de reais.
Trata-se de uma negociação que inclui dois ex-funcionários do grupo, também novos delatores: o ex-CEO Cláudio Bergamo e Carlos Roberto Scorsie.
Aras inclui ainda mais dois delatores da Operação Faroeste, que investiga denúncias de venda de sentenças no Tribunal de Justiça da Bahia.
Várias dessas delações têm o Rio de Janeiro como palco principal, alimentando a Lava Jato fluminense. Entre os colaboradores, figura o nome do empresário Eike Batista e Edmar Santos.
O último é ex-secretário de Saúde do Rio. Suas revelações resultaram no afastamento do governador Wilson Witzel (PSC).
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Com informações: O Globo